Press "Enter" to skip to content

“O Íris ficou 60 anos na gestão pública e não resolveu”, afirma Manu Jacob, candidata do Psol

O diário do Estado entrevistou, nesta terça-feira, dia 13, a candidata Manu Jacob, do Psol. Ela tem 35 anos, é professora e disputa sua primeira eleição. Por que Manu quer ser a próxima prefeita de Goiânia? Ela responde: “Porque eu venho de um partido que se propõe a ser um eco das pessoas que já foram excluídas e que são excluídas cotidianamente nessa cidade. Eu represento um setor da sociedade que é de sobreviventes. Goiás é o estado que mais mata mulheres negras no Brasil. A nível de população, é o terceiro estado que mais mata mulheres. Eu faço parte de uma estatística: das mulheres que moram nas periferias”.

Manu Jacob acredita que teve um destino diferente das pessoas que compartilham das mesmas origens que ela: “Cerca de 129 mil famílias vivem em situação de risco aqui em Goiânia. Eu pude estudar, eu tive essa oportunidade, mas eu ainda faço parte desta estatística. É a primeira vez que estou sendo testada nas urnas, mas estou aqui para mostrar que as mulheres como eu também podem estar onde eu estou, é possível”. A candidata ainda lembra que mais de 50% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres.

Na educação, Jacob tem uma preocupação específica. “Um problema muito grande é a questão das vagas no Cemei”, conta. “Primeiro, o direito do Cemei é da criança. Hoje nós temos 6 mil crianças fora do Cemei. Eu não sei como é que o prefeito (Íris Rezende) dá conta de dormir de noite com isso”. Ao atual gestor, a candidata não reservou críticas: “Eu queria falar para você (se dirige ao eleitor): ele (Íris) teve 60 anos na vida pública… é uma vida. E ele pouco fez pela nossa cidade. Existem outras pessoas, e uma delas sou eu, que está disposta a fazer diferente, a colocar Goiânia na mão do povo de fato”. E conclui: “Esse senhor só pensa em benefício próprio, em enriquecimento próprio”.

A maneira como o trânsito é gerido na capital não agrada a candidata do Psol. “Há um problema geracional no transporte coletivo. Até quando os gestores vão ficar na mão deste cartel das empresas do transporte coletivo? O Íris ficou 60 anos na vida pública e não resolveu, porque não quis! É uma vergonha essa cidade com o trânsito do jeito que está, caótico”. Ela crê que os atuais contratos beneficiam as próprias empresas, e não a cidade. “Tem que colocar na mesa, o contrato, que não é cumprido”.

Manu Jacob ataca o que chama de política coronelista em Goiás, que sempre elege as mesmas pessoas, fazendo com que o jeito de fazer política nunca mude na cidade. “Vem de brinde o Caiado. O que é o Caiado na história de Goiás? Quem é a família do Caiado? São as mesmas pessoas. Eu não posso falar aqui porque não estou podendo tomar processo”.

Veja: