O que é tromboembolismo pulmonar, doença que deixou cantor Maurílio em estado grave

O tromboembolismo pulmonar é como um infarto no pulmão. A doença é provocada por um coágulo que acontece em alguma parte do corpo e chega até o órgão, interrompendo a passagem de sangue. A doença levou o cantor sertanejo, Maurílio Ribeiro, da dupla com Luiza, à UTI e o deixou em estado grave, na última quarta-feira (15). Ele segue internado, em Goiânia.

Segundo o cardiologista e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Aguinaldo Freitas Junior, existem diferentes níveis de tromboembolismo pulmonar. Se for obstrução em uma artéria secundária, normalmente, não traz graves sintomas. Por outro lado, se o coágulo interrompe a passagem do sangue em uma artéria principal, as complicações são maiores.

“Quando um paciente tem um tromboembolismo importante, a ponto de evoluir com parada cardíaca, é porque aconteceu um infarto pulmonar significativo”, explica o médico.

As obstruções menos graves, muitas vezes, não são diagnosticadas. Passam despercebidas porque, muitas vezes, a pessoa imagina que seja um cansaço provocado por aumento de peso ou sedentarismo, por exemplo. Apesar de esses casos não serem graves, o tromboembolismo pulmonar leve pode, com o tempo, levar ao tipo grave.

Causas da doença

O tromboembolismo pulmonar acontece quando um coágulo se forma em alguma parte do corpo – geralmente pernas, abdômen e quadril – e vai para o pulmão, interrompendo a passagem de sangue em uma artéria. Existem alguns fatores que podem causar esse coágulo no corpo.

Ficar com as pernas imóveis por muito tempo é um deles. É o caso de pacientes em pós-operatório ou internados, por um longo período, em hospitais. Por exemplo, atualmente, segundo o cardiologista, quem passa por cirurgia ortopédica toma anticoagulantes para prevenir trombose. Não são todos os pacientes acamados por muito tempo que desenvolvem o problema. Os riscos são maiores entre pessoas obesas, diabéticos, fumantes e ainda quem toma hormônios ou usa anticoncepcional.

Pessoas obesas, diabéticas e fumantes que fazem viagens internacionais, em voos de longa duração, também têm risco de desenvolver o problema. Por isso, existe a recomendação de usar meias elásticas com compressão e se movimentar dentro da aeronave a cada hora. Em alguns casos, médicos também indicam anticoagulantes.

Traumas, como acidente de carro, também podem provocar o coágulo. Além disso, distúrbios de coagulação, com predisposição genética, também podem aumentam os riscos. Por fim, o câncer é outra causa. “O primeiro sintoma do câncer costuma ser uma trombose. Foi o caso do Bruno Covas [ex-prefeito de São Paulo], por exemplo.

Sintomas

Os sinais são: cansaço, falta de ar, intolerância a exercício físico, dores ou pontadas na região torácica de forma súbita e parada cardíaca.

Gravidade do tromboembolismo pulmonar

A doença é aguda, grave e pode levar à morte súbita, segundo o cardiologista. Casos de tromboembolismo que não são pequenos, os chamados tromboembolismos maciços, podem provocar paradas cardíacas.

“Dependendo do grau do problema, se tiver tromboembolismo maciço bilateral, ou seja, as duas principais artérias comprometidas, pode levar a óbito”, detalha o médico.

Tratamento

A doença é tratada com anticoagulantes. No entanto, eles sozinhos não costumam ser suficientes nos casos graves que levam à parada cardíaca.

“Nesses casos, você tem outras medicações para tentar resolver, Como o quadro, às vezes, é muito grave, o paciente pode ter parada cardíaca, pressão baixa, não se consegue ventilar o pulmão porque está tudo obstruído”, explica o cardiologista.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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