OAB entra no caso da influencer de Anápolis investigada por discriminação

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OAB entra no caso da influencer de Anápolis investigada por discriminação

A polêmica envolvendo a maquiadora e influenciadora digital de Anápolis, Larissa Rosa, vem ganhando novos capítulos. Destas vez, a Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Anápolis, enviou notícia-crime à Polícia Civil (PC) pedindo o indiciamento da acusada por homofobia, após o vídeo que ela gravou zombando de vagas para autistas bombar na Internet.

Além de fazer chacota com pessoas que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA), a influenciadora também questiona se “vai ter vaga para gordo estressado”, além de dizer que confundiu as vagas de autistas pensando que fossem para “veados” por serem coloridas.

Larissa chegou a prestar depoimento ao Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Greacri), e alegou que tudo não passou de uma brincadeira e que não quis ofender ninguém. A mãe da maquiadora, Vânia Rosa, que também aparece no vídeo, reforçou a fala da filha de que não tinham intenção de causar essa polêmica. As duas são investigadas por discriminação de pessoa em razão de sua deficiência. A pena pode atingir três anos, além de multa.

Vídeo

O vídeo foi gravado no estacionamento de um shopping de Goiânia enquanto elas procuravam vaga para estacionar. A influenciadora viu a vaga reservada com o símbolo de fita quebra-cabeça colorido, usado mundialmente para identificar a prioridade dos autistas.

“Gente, olha isso aqui. Agora tem vaga exclusiva para autista. Cara, o mundo está muito difícil. Quero saber quando vai ter vaga para gordo estressado.  […] A vaga é tão colorida que achei que era para viado. Vaga para mim nunca tem”, diz Larissa rindo das vagas.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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