Odontólogos alertam sobre riscos do cigarro eletrônico para saúde bucal

Conhecidos como pods ou vapers, os cigarros eletrônicos têm se tornado cada dia mais populares entre os jovens. Com fumaça branda, sabores e cheiros de frutas, o que inicialmente parece ser uma diversão inofensiva pode se tornar um grave vício e trazer sérias consequências para a saúde bucal.

Os odontólogos Frederico Coelho e Cassiano Rocha, sócios proprietários do Crool Centro Odontológico, ressaltam que o uso de cigarros eletrônicos pode trazer vários impactos negativos nos dentes. São consequências que ainda estão em estudo, mas que já podem ser evidenciadas nos consultórios.

“Assim como o cigarro comum, o cigarro eletrônico pode causar manchas nos dentes, já que contêm nicotina. Assim como ocorre com o uso do produto tradicional, os dentes podem ficar amarelados ou acastanhados”, afirma Cassiano Rocha.

A exposição à nicotina também pode causar a doença periodontal, que é a inflamação das gengivas, conforme explica o odontólogo. “Isso pode resultar em gengivas vermelhas, inchadas e com sangramentos, além de possível perda óssea ao redor dos dentes.”

Frederico Coelho também destaca que o cigarro eletrônico pode reduzir a produção de saliva, o que pode levar à boca seca. “A saliva é importante para a saúde bucal, pois ajuda a neutralizar os ácidos produzidos pelas bactérias e a remover partículas de alimentos”, sublinha.

A utilização desses aparelhos pode também aumentar o risco de cáries e a sensibilidade dentária. “A boca seca pode aumentar o risco de desenvolvimento de cáries, pois a saliva é essencial para proteger os dentes contra a deterioração causada pelas bactérias. Além disso, a exposição à nicotina pode causar sensibilidade nos dentes, tornando-os mais sensíveis ao calor, frio, alimentos ácidos e escovação.”

Mais que impactos negativos nos dentes e na saúde bucal, o uso de cigarros eletrônicos também pode estar associados a outras infecções e problemas de saúde. Entre eles estão infecções respiratórias, por bactérias e fungos, da pele e do trato urinário, além de lesões pulmonares.

Os odontólogos destacam que os cigarros eletrônicos ainda são relativamente novos no mercado e as pesquisas sobre seus efeitos na saúde estão em andamento. “No entanto, os estudos iniciais sugerem que eles podem ter impactos negativos nos dentes e na saúde bucal em geral”, explica Cassiano.

Mais estudos são necessários para entender completamente os riscos associados ao seu uso, como ressalta Frederico. “No entanto, os relatos de infecções e problemas de saúde relacionados ao uso de cigarros eletrônicos são preocupantes e devem ser considerados ao tomar decisões sobre o uso desses dispositivos.”

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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