Operação Dodge: PCGO prende casal suspeito de operar fraude em todo o Brasil

Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, a 8ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) recebeu, no último fia 13,uma notícia-crime. De acordo com a denúncia, uma pessoa havia sido vítima de fraudepor um casal. A fraude consistia no oferecimento de vagas para transferência de estudantes de medicina no exterior para instituições no Brasil, públicas ou privadas.

A dupla criminosa, a fim de trazer aspectos de licitude, informava que se tratavam de vagas remanescentes, ocasião em que exibiam contratos falsos de prestação de serviços educacionais de graduação em medicina celebrados entre autarquias federais de ensino superior e estudantes.

Todavia, esta facilidade custava entre R$ 30 mil a 150 mil, a depender da classe social da vítima. Com os pagamentos feitos, na conta indicada, os autores cessavam os contatos e ameaçavam as vítimas caso houvesse denúncias às autoridades.

Diante dos fatos, houve troca de informações da Polícia Civil de Goiás com as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso, quando se concluiu que a dupla criminosa pratica este golpe por todo o país. A PCGO então representou judicialmente pela prisão preventiva da dupla à 12ª Vara Criminal de Goiânia, que decretou a prisão, mandados de busca e apreensão e o sequestro de mais de R$ 1 milhão em bens do casal.

A Operação Dodge foi deflagrada na última segunda-feira (26), com apoio da PCERJ, em Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, onde foram cumpridos os mandados. Veículos de luxo foram apreendidos. Os presos estão custodiados no Rio de Janeiro, à disposição do Poder Judiciário.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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