Operação Las Vegas desmantela esquema de fraudes em sorteios com participação de celebridades em Goiás e Mato Grosso

Uma nova fase da Operação Las Vegas foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) nesta quarta-feira, 18 de setembro, visando combater fraudes praticadas por sete empresas que vendiam títulos de capitalização premiável. A operação resultou no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em cidades como Anápolis, Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Pontal do Araguaia, além do sequestro de R$ 453.075,49.

Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, as empresas foram criadas para realizar golpes pela internet, prometendo prêmios de até R$ 600 mil. No entanto, os sorteios eram fraudulentos, com ganhadores de fachada que nunca recebiam os prêmios, que incluíam carros de luxo e quantias em dinheiro. Para atrair vítimas, as empresas contrataram celebridades como Amado Batista e os apresentadores Geraldo Luís e Fabíola Rabo de Arraia para promover os sorteios.

O delegado explicou que os golpistas escolhiam “laranjas” antecipadamente para serem apresentados como vencedores, enganando as vítimas e criando uma fachada convincente nas redes sociais. Esta operação é a terceira fase das investigações, que começaram em 2023, e já resultaram na apreensão de 10 veículos, sete imóveis, e bloqueios judiciais que totalizam R$ 29 milhões. Até agora, ao menos 18 pessoas foram presas.

As investigações continuam, e as autoridades agora analisam os materiais apreendidos, como telefones e documentos, enquanto buscam entender a extensão do esquema. Caso se prove que os artistas tinham conhecimento da fraude, eles poderão enfrentar consequências legais.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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