Operação Las Vegas desmantela esquema de fraudes em sorteios com participação de celebridades em Goiás e Mato Grosso

Uma nova fase da Operação Las Vegas foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) nesta quarta-feira, 18 de setembro, visando combater fraudes praticadas por sete empresas que vendiam títulos de capitalização premiável. A operação resultou no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em cidades como Anápolis, Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Pontal do Araguaia, além do sequestro de R$ 453.075,49.

Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, as empresas foram criadas para realizar golpes pela internet, prometendo prêmios de até R$ 600 mil. No entanto, os sorteios eram fraudulentos, com ganhadores de fachada que nunca recebiam os prêmios, que incluíam carros de luxo e quantias em dinheiro. Para atrair vítimas, as empresas contrataram celebridades como Amado Batista e os apresentadores Geraldo Luís e Fabíola Rabo de Arraia para promover os sorteios.

O delegado explicou que os golpistas escolhiam “laranjas” antecipadamente para serem apresentados como vencedores, enganando as vítimas e criando uma fachada convincente nas redes sociais. Esta operação é a terceira fase das investigações, que começaram em 2023, e já resultaram na apreensão de 10 veículos, sete imóveis, e bloqueios judiciais que totalizam R$ 29 milhões. Até agora, ao menos 18 pessoas foram presas.

As investigações continuam, e as autoridades agora analisam os materiais apreendidos, como telefones e documentos, enquanto buscam entender a extensão do esquema. Caso se prove que os artistas tinham conhecimento da fraude, eles poderão enfrentar consequências legais.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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