A oposição solicitou uma reunião com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para discutir o caso do passaporte do deputado Eduardo Bolsonaro. Mesmo com a concordância de Gonet, os parlamentares de oposição acabaram desistindo do encontro assim que a agenda foi confirmada. O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Zucco, havia proposto o encontro para a próxima semana, porém Gonet sugeriu que o mesmo acontecesse no mesmo dia à tarde, o que foi aceito. Mas logo em seguida, Zucco cancelou.
Procurado pela CNN, o partido PL informou que a reunião será remarcada devido à ausência de alguns participantes do partido que não puderam comparecer no dia marcado. No início de março, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou um parecer à PGR sobre uma queixa-crime apresentada pelo PT para a apreensão do passaporte de Eduardo. No entanto, até o momento, Gonet não enviou sua opinião sobre o assunto.
A argumentação do PT é baseada na acusação de que Eduardo Bolsonaro estaria cometendo crimes contra a soberania nacional ao incentivar políticos dos Estados Unidos a atacar o governo brasileiro e os ministros do Supremo. Os parlamentares do PL pretendiam contestar essas alegações perante Gonet durante a reunião e pedir para que o processo não avançasse. Segundo Zucco, os deputados não podem ser criminalizados por denunciarem abusos e buscarem apoio internacional.
É importante ressaltar que a oposição e o governo estão em lados opostos neste cenário, cada qual com suas justificativas e interpretações sobre o caso. A reunião proposta, que acabou não se concretizando, seria uma oportunidade para esclarecimentos e debates entre as partes envolvidas. Resta aguardar a remarcação do encontro e verificar se haverá novos desdobramentos a respeito do passaporte de Eduardo Bolsonaro.