Última atualização 25/05/2017 | 09:31
A reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desta terça-feira (23), destinada à leitura do relatório da reforma trabalhista, começou tumultuada. Parlamentares da oposição tentaram barrar a leitura do relatório, enquanto o presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu que os trabalhos do Legislativo devem continuar apesar da crise política que atingiu o governo Michel Temer.
Desde que foram divulgadas as delações dos donos do grupo JBS – que atingem diretamente o presidente Michel Temer – parlamentares da oposição têm dito que vão obstruir todas as votações na Casa para que a crise seja debatida.
Apesar disso, o governo tenta articular para manter o ritmo de tramitação no Congresso das reformas trabalhista e previdenciária.
O tumulto na CAE (assista ao vídeo acima) começou quando os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ) protestaram contra a leitura do relatório final do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. A proposta, de autoria do governo Temer, já foi aprovada pela Câmara.
Primeiro, Gleisi reclamou que o início da sessão estava atrasado em mais de meia hora, o que, na visão dela, deveria provocar o cancelamento da sessão. Tasso Jereissati não cancelou a reunião, alegando que os atrasos são costume no colegiado.
Depois, Lindbergh afirmou que o relatório não poderia ser lido nesta terça porque Ferraço declarou na semana passada que o calendário da reforma estava suspenso em razão da crise política gerada pelas delações dos executivos da JBS.
Nesta segunda (22), Ferraço decidiu que apresentaria o relatório independentemente da turbulência no governo federal.
Fonte: G1