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Outubro Rosa: alerta para riscos de câncer de mama em homens

Última atualização 03/10/2021 | 10:52

A conscientização pela saúde feminina no mês de outubro, com a campanha Outubro Rosa, já há alguns anos chama atenção para a causa do cuidado com prevenção ao câncer de mama em mulheres. A condição, entretanto, não é exclusivamente feminina e também pode ocorrer em homens.

“É exatamente igual em homens e em mulheres, mas numa proporção extremamente menor, para eles: para cada 100 mulheres, apenas um homem desenvolve o câncer”, explica Frank Braga, médico mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Goiás.

Incidência aproximada

Ao todo, os casos masculinos da doença representam cerca de 0,5 a 1% de todos os casos de câncer de mama. Os mesmos números também indicam a taxa aproximada de incidência desse tipo de câncer entre os mais comuns em homens.

De acordo com o médico, apesar da condição ser rara, ela acende alguns alertas importantes de saúde. Isso porque, em homens, o desenvolvimento de câncer associa-se ao surgimento de mutações genéticas do que no câncer feminino. Esse fator representa riscos que podem ser passados de geração em geração.

“Quando há mutação genética, há uma possibilidade de 50% de passar para os descendentes, então os homens podem passar isso para as filhas”, explica.

Mutações genéticas

O médico destaca, porém, que os casos de mutações genéticas são raros, ocorrendo em cerca de apenas 5% dos casos de câncer. Os outros 95%, por outro lado, acontecem ao acaso, a partir do descontrole do desenvolvimento de células causados por hábitos e condições de saúde variadas.

“Assim como nas mulheres, os casos de mutações genéticas ainda são raros. Mas em homens o índice está muito mais associado a essas condições, o que acende alertas e coloca toda a família do paciente em observação”, comenta.

Tratamento e prognósticos 

Um outro ponto importante destacado pelo profissional é que a condição é exatamente a mesma em homens e mulheres, quando se fala de tratamento e prognósticos. O médico destaca que, apesar da menor incidência, não existe nada que indique que a doença possa ser mais ou menos grave em algum dos gêneros.

O tratamento também é similar ao feminino, baseado em tratamentos isolados ou combinados com cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia conforme a recomendação médica.

Apesar disso, há uma diferença crucial no que diz respeito à prevenção do câncer em homens. “Diferente das mulheres, os homens não precisam fazer exame de rotina. Por não ter a presença da mama, é muito mais fácil detectar um nódulo a partir do toque”.

Além da presença do nódulo, também podem ser percebidas alterações cutâneas, retração de mamilo, úlcera na pele ou linfonodos aumentados na axila.

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