Padilha declara voto em Lula e diz que Bolsonaro é desonesto

Padilha declara voto em Lula e diz que Bolsonaro é desonesto

O diretor de cinema e televisão José Padilha declarou em entrevista ao podcast A Malu tá On que se equivocou com o juiz Sergio Moro e com o procurador Deltan Dallagnol, os responsáveis pela condução da Lava Jato. Padilha também revelou que votaria no ex-presidente Lula para derrotar Bolsonaro (sem partido).

“Eu estava errado com relação ao Moro e ao processo jurídico que ele e Deltan fizeram na Lava Jato. Mas eu não estou e nunca estive errado sobre o Lula. Mas, se a eleição ficar entre Lula e Bolsonaro, voto no Lula”, declarou Padilha.

O diretor também revela que apenas um “desconectado da realidade” pode considerar o presidente Bolsonaro honesto. “É impossível cometer um erro maior do que esse. Tem que ser um sujeito completamente descolado da realidade para achar que o Bolsonaro se tornaria honesto e ético do nada. É uma inocência e falta de sensibilidade brutal, típica das pessoas que se acham acima do bem e do mal”, disse.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos