Pai é preso por abuso e tentativa de convencer filhas a terem relações sexuais

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Um homem foi preso em Anápolis por tentar convencer as filhas a terem relações sexuais com eles. Waldeir Aparecido Nogueira abusava das mulheres, com 28 e 30 anos, há anos, de acordo com informações da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). O pai chegou a ameaçá-las com arma por ser Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). O objetivo era evitar qualquer tipo de denúncia. A detenção preventiva e o cumprimento de mandado de busca e apreensão foi nesta quinta-feira, 02.

Os agentes começaram a investigação após uma das mulheres se cansar da situação e se encorajar em busca de ajuda na polícia. O envio de mensagem de texto insistindo fazerem sexo foi o que levou a moça a registrar ocorrência na delegacia (veja na imagem abaixo).  Em depoimentos, as duas disseram que foram abusadas até os 12 anos de idade e não sabem dizer quando começaram porque eram muito jovens. Segundo as filhas, o pai costumava tocar a região íntima delas. 

“Ele passava  a mão e colocava o dedo em órgãos genitais. Ele tinha arma de fogo e usava isso para amedrontar as vítimas para não irem à polícia. Nos últimos dias, ele passou até a oferecer dinherio em troca de sexo com as filhas e disse ter sonhado estar tendo relações sexuais com uma das mulheres… As investigações continuarão porque acreditamos que existam outras vírimas”, afirma a responsável pelo caso na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis, Isabella Joy. 

De acordo com o Código Penal, constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso é considerado estupro. O crime tem pena de reclusão de seis a dez anos.

Veja prints de mensagens sexuais enviadas pelo pai a uma das filhas:

Vítima chegou a retrucar convite libidinoso de Waldeir Nogueira. (Foto: Deam Anápolis/PCGO)

 

Homem diz a uma das filhas que ela objeto de desejo dele. (Foto: Deam Anápolis/PCGO)

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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