Palácio de Buckingham é invadido antes de festividades do Jubileu de Platina da Rainha

Palácio de Buckingham é invadido antes de festividades do Jubileu de Platina da rainha

Um homem de 28 anos foi detido no último domingo (29) após invadir o terreno do Palácio de Buckingham, em Londres, ao atravessar um portão, por onde somente veículos autorizados podem passar. Segundo a revista “Hello”, o homem teria conseguido andar entre três a cinco metros dentro da propriedade e ao ser abordado por um dos funcionários do palácio, tentou fugir. Neste momento,  foi preso. 

O invasor foi identificado como Connor Attridge. Ele foi ouvido pelo tribunal nesta terça-feira (31) afirmando que o motivo da invasão à casa real Britânica aconteceu porque ele queria ver a rainha.

A defesa de Connor alegou que ele sofre de problemas de saúde mental e que ele não tinha a intenção de fazer nada mais além de entrar no palácio.

“Isto foi, na pior das hipóteses, imprudente e, na melhor das hipóteses, uma ofensa acidental”, declarou o advogado. 

Segundo o palácio de Buckingham, a Rainha Elizabeth II não estava na residência oficial no dia da invasão. Desde a declaração da pandemia do novo coronavírus, em 2020, Elizabeth II e o falecido marido Príncipe Philip se mudaram para o Castelo de Windsor, onde ela reside atualmente. 

O processo de Connor Attridge foi adiado para o final deste mês, para que o Crown Prosecution Service obtenha o consentimento da procuradora geral Suella Braverman, que é necessário em casos envolvendo invasão de locais protegidos. O invasor pagou fiança com condições, que incluem, um toque de recolher monitorado por etiqueta eletrônica e ordens para não viajar para Londres, exceto para comparecer ao tribunal. 

O episódio aconteceu dias antes das celebrações do Jubileu de Platina, 70 anos de reinado, da Rainha Elizabeth II.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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