Parte dos médicos do Ipasgo paralisa atendimento em Goiás
Segundo médica, atendimentos foram suspensos em consultórios, exames e cirurgias
programadas, mas serviços de urgência e emergência funcionam normalmente.
Paralisação deve durar até dia 20 de fevereiro às 7h.
Mais de 300 médicos credenciados no Instituto de Assistência dos Servidores
Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) paralisaram o atendimento na manhã desta
terça-feira (7). À DE, a médica representante
dos profissionais, Lara Roberta Marques, explicou que os atendimentos foram
suspensos em consultórios, exames e cirurgias programadas (eletivas), mas
serviços de urgência e emergência funcionam normalmente.
Entre as reivindicações dos profissionais, está a regularização de pagamentos
pendentes referentes aos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro
de 2024. A paralisação está prevista para acabar na quinta-feira (20) às 7h da
manhã.
Ao DE, o Ipasgo Saúde disse ter visto com a
paralização com estranheza, uma vez que “desconhece qualquer falta de pagamento
à rede credenciada” e que “não recebeu um documento oficial da entidade para
tratar de pauta reivindicatória”. Explicou ainda que a paralisação se restringe
a um grupo de médicos e odontólogos que representa cerca de 10% da rede
credenciada, que é composta por quase 5 mil pessoas físicas e jurídicas (leia a
nota completa ao fim do texto).
A reportagem não conseguiu falar com o Sindicato dos Odontologistas no Estado de
Goiás (Soego) para saber informações sobre a adesão desses profissionais na
paralisação.
NOTA DO IPASGO SAÚDE NA ÍNTEGRA:
“O Ipasgo Saúde viu com estranheza e perplexidade a decisão unilateral do
Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) de realizar uma paralisação
nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025 sob a alegação de que não houve
atendimento às demandas da categoria. O plano de saúde, até então, não recebeu
um documento oficial da entidade para tratar de pauta reivindicatória.
A paralisação, que se restringe a um grupo de médicos e odontólogos, representa
cerca de 10% da rede credenciada do Ipasgo Saúde, a maior de Goiás, composta por
quase cinco mil pessoas físicas e jurídicas. Portanto, 90% dos prestadores, como
hospitais, clínicas e a rede própria da instituição, mantêm atendimentos
regulares às quase 600 mil vidas que estão sob os cuidados do plano de saúde.
O Ipasgo Saúde desconhece qualquer falta de pagamento à rede credenciada. A
instituição pode provar que, desde setembro de 2024, repassou aos prestadores
quase R$ 1 bilhão. Só nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os
profissionais que atendem beneficiários do plano de saúde receberam R$ 18,2
milhões. Caso, de forma excepcional, algum prestador identifique pendências,
essas devem ser formalmente comunicadas para que o Ipasgo Saúde possa apurar e
adotar, com celeridade, as providências cabíveis.
A suspensão injustificada e unilateral dos atendimentos aos beneficiários fere
diretamente as regras contratuais estabelecidas e pode resultar em sanções,
incluindo a rescisão do contrato e o descredenciamento do prestador. Por isso, o
Ipasgo Saúde está monitorando a situação de perto e tomará todas as medidas
necessárias para assegurar o cumprimento das normas, para fazer com que os
direitos dos beneficiários sejam respeitados, para garantir plena assistência e
que a qualidade no atendimento seja mantida.
O maior plano de saúde do Estado de Goiás esclarece que esses profissionais não
têm vínculo empregatício com o Ipasgo Saúde. São autônomos e instituições
independentes, que atendem aos beneficiários com base em contratos de
credenciamento. Portanto, eles têm plena autonomia para solicitar
descredenciamento a qualquer tempo, desde que respeitadas as condições
pactuadas, inclusive a continuidade do atendimento aos beneficiários durante o
prazo de aviso prévio.
O Ipasgo Saúde tem compromisso inegociável com a excelência, a continuidade dos
serviços prestados e com diálogos responsáveis, construtivos e legítimos. A
transparência, a ética e o respeito aos nossos beneficiários são valores que
norteiam nossas ações.”