Pastor cria criptomoeda e dá golpe de R$ 16 milhões em fiéis: “Deus mandou”

Pastor cria criptomoeda e dá golpe de R$ 16 milhões em fiéis: “Deus mandou”

O pastor Eli Regalado e sua esposa Kaitlyn de uma igreja on-line do Colorado, nos Estados Unidos, estão sendo acusados de lucrar US$ 3,2 milhões (R$ 15,8 milhões) às custas de fiéis, por meio da venda de criptomoedas denominada INDXcoin que é considerada “essencialmente sem valor” por reguladores de valores mobiliários norte-americanos.

A denúncia foi apresentada na semana passada no Tribunal Distrital de Denver, e acusa o casal Eli e Kaitlyn Regalado de enriquecer com a promoção da INDXcoin, criptomoeda lançada por eles em 2022. Segundo a nota, mais 300 pessoas foram alvos da suposta fraude.

A compra e venda da criptomoeda era feita exclusivamente por um mercado criado também pelos religiosos, chamado Kingdom Wealth Exchange. A Comissão de Valores Mobiliários do Colorado, (CSC)  alegou na denúncia que o casal induzia os investidores ao erro e que as vendas bancavam o estilo de vida luxuosa dos pastores.

 No comunicado, a comissão afirmou que o pastor “aproveitou-se da confiança e da fé da própria comunidade cristã” e vendeu “promessas bizarras de riqueza”. Em 2022 Eli havia declarado que a criptomoeda foi uma revelação divina, prometendo uma significativa transferência de riqueza.

 Em um vídeo  o pastor reconhece que as denúncias de que ganhou milhões de investidores são “verdadeiras”. As acusações contra o casal  incluem a venda de investimentos sem licença e títulos não registrados.

 O pastor continuou a  encorajar os seguidores a manterem a fé no projeto INDXcoin. “Deus não terminou este projeto. Basta acreditar e receber tudo o que Deus disse sobre esse projeto por todas essas promessas em Cristo. Amém” disse o americano.

De acordo com o CSC, o casal não tinha nenhuma experiência anterior na operação de uma de criptomoedas. ‘‘Sei que isso parece ruim. Não sei como Deus vai mudar a situação, mas Ele mandou que fizéssemos isto’’ finalizou Eli. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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