PF busca provas de fraudes na Copa em estatal de obras de Brasília

A Polícia Federal (PF) cumpriu ontem (2) mandados de busca e apreensão na Novacap, estatal de obras do Governo do Distrito Federal, num desdobramento da Operação Panatenaico, que investiga fraudes de até R$ 1,3 bilhão nos contratos de reconstrução do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014.

A diligência foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, após a PF ter encontrado R$ 268.147,54 em espécie num cofre na casa de Nilson Martorelli, ex-presidente da Novacap. A PF salientou que a quantia “a princípio não condiz com a sua condição de ex-servidor público, desempregado há mais de dois anos”.

Na residência de Martorelli, foram encontradas também planilhas com referência a valores que somam R$ 500 mil. Segundo delação premiada do executivo Rodrigo Leite Vieira, da construtora Andrade Gutierrez, uma das empresas integrantes do consórcio de reconstrução do Mané Garrincha, esse foi o valor da propina paga pela empreiteira.

Planilhas que supostamente detalham o pagamento de propina e outros documentos suspeitos foram vistos também na residência e no carro de Maruska Lima de Souza Holanda, ex-diretora da Novacap.

Os documentos foram encontrados na semana passada, nas primeiras diligências da Panatenaico, em decorrência das quais foram presos temporariamente os ex-governadores do DF José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, bem como Martorelli e outras sete pessoas.

Ontem (1º), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu um habeas corpus e determinou a soltura de Agnelo Queiroz e outros dois investigados.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp