A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (2) para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação após ter sido informado de possíveis irregularidades na compra de vacinas da Covaxin. Informações são do G1.
A informação sobre as compras de vacinas foi dada pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão, o servidor público Luis Ricardo Miranda, durante a CPI da Covid na última sexta-feira (26). De acordo com os irmãos, Bolsonaro teria sido avisado durante uma reunião no dia 20 de março sobre suspeitas de irregularidades no contrato de compras do imunizante. O inquérito irá buscar esclarecer se Bolsonaro prevaricou diante a denúncia, ou seja, não tomo as devidas medidas.
Sobre ás denúncias, o governo afirmou que Bolsonaro avisou o então ministro Eduardo Pazuello sobre as suspeitas no dia 22 de março. Só que Pazuello foi exonerado no dia seguinte. O contrato da compra de doses da Covaxin apenas foi suspenso essa semana, mais de três meses após a denúncia.
O pedido de investigação ocorre após a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrar uma posição da procuradoria sobre a notícia-crime apresentada por três senadores ao tribunal pedindo a investigação das denúncias.
A PGR teria pedido então para que fosse guardado a conclusão da CPI, mas a ministra afirmou que a apuração da comissão não impede a atuação do Ministério Público Federal.
Outra questão investigada é se há indícios de que o delito teria sido cometido por interesse próprio.