A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou uma tentativa de conciliação entre Gleisi Hoffmann e Gustavo Gayer. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais apresentou uma queixa-crime por injúria e difamação contra o deputado após declarações envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PGR enviou sua manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo uma audiência de reconciliação entre os envolvidos.
Gustavo Gayer publicou um comentário nas redes sociais relacionando Gleisi Hoffmann a uma negociação entre gangues, comparando a ministra a uma funcionária oferecida por um cafetão. O deputado também mencionou Lindbergh Farias, namorado de Gleisi, em seus ataques. A recomendação de tentativa de conciliação foi assinada pelo vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho.
O despacho da PGR ressaltou a necessidade de seguir o artigo do Código de Processo Penal que prevê a oportunidade de reconciliação entre as partes antes do prosseguimento do processo. No entanto, Gleisi Hoffmann discordou dessa sugestão, afirmando que não há uma possibilidade de conciliação diante dos ataques misóginos e machistas que sofreu. A ministra considerou a solicitação de conciliação como algo “indigno”.
A CNN procurou a assessoria do deputado Gustavo Gayer para comentar a recomendação da PGR, mas ainda aguarda uma resposta. A defesa do deputado enviou uma manifestação ao STF negando qualquer ataque pessoal que configure ofensa às honras objetiva ou subjetiva de Gleisi Hoffmann.
Em meio a esse cenário de conflito, a discussão sobre a possibilidade de conciliação e a defesa da imunidade parlamentar material têm sido os pontos centrais. A Procuradoria-Geral da República enfatiza a importância de tentar resolver a questão de forma amigável, mesmo diante das divergências entre as partes envolvidas. O desfecho desse caso ainda é incerto, e a atenção da opinião pública continua voltada para os desdobramentos dessa disputa.