Polícia conclui investigação de vítima encontrada morta em matagal

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), prendeu quatro indivíduos suspeitos de terem torturado, matado e enterrado um homem por desavenças envolvendo tráfico de drogas e vingança.

Segundo consta dos autos, a vítima foi atraída para uma região erma, torturada por cerca de cinco horas até ser morta e enterrada num matagal no Residencial Nova Aurora, em Goiânia. O corpo da vítima, Fábio Dias, de 35 anos, foi encontrado no dia 14 de abril de 2020, dez dias após ter sido morto, quando dois raizeiros, que realizavam a coleta de ervas e raízes na mata, visualizaram os pés da vítima, sendo que todo resto do corpo estava enterrado. A Polícia Civil calcula que Fábio Dias foi morto em 05 de abril de 2020.

Após vasto material probatório quanto à autoria do crime em questão, a autoridade policial representou pela prisão temporária dos investigados pelo crime de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. De posse da autorização judicial, quatro investigados, ao todo, foram presos temporariamente.

Dois dos suspeitos foram presos na última sexta-feira (03): Gabriel do Carmo (24 anos), preso no Parque Oeste Industrial, Goiânia; e Wandson Carneiro (23 anos), preso no Carolina Parque, na capital.

Já Michael Douglas (19 anos), Rafael Alves (22 anos) e Paulo Ricardo (22 anos) foram presos no dia 05 de agosto deste ano. Somente Michael não teve a prisão temporária prorrogada. Ao todo, oito pessoas foram investigadas, entre executores e mandantes do crime. Dois deles são menores e quatro permanecem presos.

O inquérito policial foi concluído e agora será remetido ao Poder Judiciário. A divulgação da imagem e identificação do(s) preso(s) foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 02/2020 – PC e Despacho do Delegado de Polícia responsável pela investigação, especialmente porque visa à identificação de possíveis outros crimes praticados pelos investigados que pertencem à facção criminosa, bem como ao surgimento de novas testemunhas que se sintam estimuladas a colaborar.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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