Polícia Federal prende suspeitos de tráfico e lavagem de dinheiro na Operação Barões do Arcanjo

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a segunda fase da Operação Barões do Arcanjo” que investiga uma facção criminosa suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em todo o país. Nesta etapa, uma pessoa foi presa e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Manaus. O grupo criminoso atuava principalmente nas regiões do alto e médio Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira, interior do Amazonas.

As investigações da PF tiveram início após a descoberta de uma rota de tráfico no município de São Gabriel da Cachoeira. Segundo a polícia, a droga era transportada para Manaus e, de lá, distribuída por todo o país. Na primeira fase da operação, realizada em outubro, várias pessoas foram presas e 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A PF também identificou que os suspeitos utilizavam códigos e termos disfarçados em conversas, além de rastrear grandes quantidades de drogas em transporte. O esquema incluía ainda a criação de empresas para ocultar os lucros obtidos com o tráfico.

Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais, podendo ser condenados a penas superiores a 30 anos de prisão. No dia 10 de outubro, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação que resultou na prisão de novo pessoas e o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão. De acordo com a investigação a organização criminosa movimentou mais de R$ 30 milhões entre 2022 e 2024. Uma pista de pouso usada na rota do tráfico foi destruída.

Durante as diligências, os agentes também cumpriram oito medidas cautelares diversas da prisão em localidades não informadas e o sequestro de 51 veículos no Amazonas. Também foram bloqueadas contas bancárias dos investigados nas cidades de Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, no Amazonas, Alenquer, no Pará, Boa Vista, em Roraima e Diadema, no interior de São Paulo. A ação realizada pela PF visa combater o crime organizado e trazer segurança para a população, desarticulando grupos que se dedicam a atividades ilícitas.

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Buscas pelo avião desaparecido PT-JCZ cobrem 840 km² de floresta

As buscas aéreas pelo avião de matrícula PT-JCZ, desaparecido nas proximidades de Manicoré no Amazonas, já cobriram 840 km² de floresta desde o último sábado (21). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a operação segue concentrada na região, com 11 horas e 42 minutos de voo entre os dias 21 e 23 de dezembro. Ainda não houve avistamento da aeronave. As buscas pelo avião desaparecido, que estão sendo lideradas pela FAB desde sexta (20), contam com o apoio de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Na terça (24), véspera de Natal, o Governo do Estado informou que enviou uma nova equipe de bombeiros, com cães farejadores, para auxiliar nas buscas.

A missão, que conta com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), está focada na área ao redor de Manicoré, onde o avião desapareceu. A FAB mantém mobilizados seus recursos para ampliar a área de busca e localizar o avião. O piloto do avião, Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, é um dos tripulantes desaparecidos. Natural de Fernandópolis (SP) e residente em São José do Rio Preto (SP), ele viajou ao Amazonas a trabalho, mas não deu detalhes sobre a missão. Enquanto a FAB segue com as buscas, familiares aguardam notícias.

Na sexta-feira (20), dia do desaparecimento do avião, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou, em nota, que não havia sido notificado sobre qualquer ocorrência aeronáutica na região. No entanto, na segunda-feira (23), a FAB afirmou que realizou três horas de voo em busca da aeronave. No dia anterior, as operações foram atrasadas pela manhã devido às condições meteorológicas desfavoráveis, mas foram retomadas à tarde, cobrindo mais 550 km² de área sobrevoada. A FAB também confirmou que a aeronave não possuía plano de voo registrado e não foi detectada pelos radares de controle de tráfego aéreo.

O avião desapareceu próximo à comunidade Boca do Rio, a cerca de 7 km da sede de Manicoré, mas a localização exata ainda não foi confirmada devido à dificuldade de acesso na região. Uma moradora relatou à Prefeitura de Manicoré que ouviu um barulho estranho vindo da aeronave que sobrevoava o local e, segundos depois, escutou um forte estrondo. Enquanto as buscas continuam e a angústia dos familiares cresce, a FAB mantém seus esforços para encontrar a aeronave e seus tripulantes. O DECEA e demais instituições seguem empenhados em contribuir com a operação em curso.

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