Polícia investiga Deolane Bezerra após ela postar foto com colar de chefe do tráfico

A influenciadora Deolane Bezerra é investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após a influencer postar uma foto na qual usa um colar de Thiago da Silva Folly, TH como é conhecido, o chefe do tráfico da Maré. A imagem foi registrada durante o Baile da Disney, na Vila do João, comunidade do complexo da Zona Norte, na noite da última terça-feira,13.

‘‘Queremos entender quem a convidou, se recebeu para fazer presença VIP, explicar essa relação dela e da irmã com o TH. Ambas aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso “, afirma o delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE.

Com a advogada estavam dois amigos e sua irmã, Dayanne Bezerra. A polícia acredita que a presença da influenciadora no baile pode ter relação com patrocínio de sites de apostas, já que o artista que se apresentava na noite, Oruam, é patrocinado por uma dessas marcas, assim como Deolane.

Após a repercussão, a Deolane, voltou às redes sociais e admitiu o uso da joia. “Fui ao Complexo da Maré ontem, no Baile da Disney (…) fui bem recebida, não gastei um real, bebi que só o ca****, saí 10 horas da manhã, tirei foto com geral, com cordão, sem cordão. Botaram cordão em mim, tiraram e poucas… Eu sou isso, eu vim da favela e vou continuar indo.”

Baile da Disney

O Baile da Disney acontece todos os sábados, no campo da Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. A festa costuma ter atrações populares, conhecidas pelo grande público. Neste mês, o baile foi realizado entre a última sexta-feira ,9, e esta terça-feira ,13, a partir das 19h.

Chefe do tráfico

Thiago, o TH da Maré, e o chefe da segunda maior facção criminosa do Estado do Rio, estava entre os alvos da ação conjunta entre as polícias Civil e Militar na comunidade. Ao todo, TH tem 14 mandados de prisão em aberto, expedidos entre os anos de 2015 e 2022, por homicídio, roubo e tráfico de drogas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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