Polícia prende ex-síndico suspeito de desviar R$ 1,5 milhão

Polícia Civil  de Goiás, por intermédio da 8ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia, desarticula um esquema de desvio de recursos orquestrado pelo ex-síndico de um condomínio no Bairro Jardim Goiás, perpetrado por meio de fraudes bancárias, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.

A ação resultou na prisão preventiva do ex-síndico, cumprimento de medidas cautelares de sequestro de valores e indisponibilidade de bens no montante de R$ 4,1 milhões, além de buscas domiciliares na residência do investigado em ações simultâneas.

​A investigação revelou que o homem, durante o período em que atuou como síndico, desviou quase R$ 1,5 milhão de empréstimos fraudulentos junto a instituições financeiras, utilizando-se de documentos falsos. Falsificou atas de assembleias que nunca ocorreram, inserindo assinaturas falsas de condôminos e conselheiros fiscais para simular a aprovação de empréstimos bancários.

EX-SÍNDICO

Com os documentos fraudulentos, solicitou e obteve vultosos créditos junto às instituições financeiras, conforme demonstrado em uma lista de operações realizadas de dezembro de 2023 a junho de 2024, totalizando mais de R$ 3 milhões.

Os valores obtidos foram transferidos para a conta de um societário de propriedade do investigado e depois utilizados para compra de automóveis.

Durante as buscas, foram apreendidos veículos, celulares, computadores e documentos. Agora, com o ex-síndico preso, a Polícia Civil dará continuidade às investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso e recuperar o dinheiro desviado das vítimas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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