Prédio residencial em Tel Aviv é atingido por foguete do Hamas

Prédio residencial em Tel Aviv é atingido por foguete do Hamas

O serviço de resgate israelense Magen David Adom informou nesta sexta-feira, 27, que um foguete lançado pelo grupo extremista Hamas atingiu um prédio residencial de Tel Aviv, cidade ao oeste da costa israelense. De acordo com imprensas locais, ao menos três pessoas ficaram feridas e precisaram ser levadas rapidamente ao hospital.

Informações apontam que o foguete foi disparado de Gaza e atingiu o prédio residencial por volta das 14h no horário local. O lançamento danificou apartamentos no último e penúltimo andar do prédio, destruindo casas de israelenses.

Entre as vítimas, um jovem de 20 anos foi levado ao hospital com ferimentos na cabeça, braços e pernas. Outros dois tiveram ferimentos leves e foram atendidos pela equipe de resgate ainda no local.

Lançamentos

Através de um grupo do Telegram, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, confirmaram a autoria do lançamento de foguetes que atingiram cidades de Israel. Segundo o grupo extremista, a ação ocorre em “resposta aos massacres sionistas contra civis”.

As sirenes de alerta foram acionadas logo após os lançamentos de foguete na atmosfera israelense. Os alarmes soaram na área central de Tel Aviv, incluindo subúrbios da cidade, bem como áreas ao norte de Gaza: Ashdod, Kissufim e Kerem Shalom. Os avisos foram encerrados 10 horas após o fim dos lançamentos, quando o sistema de segurança passou a não detectar foguetes na atmosfera.

O primeiro foguete lançado caiu perto de uma rodovia próxima à cidade de Rehovot e provocou um incêndio no local. A energia da região foi cortada e os médicos informaram que nenhum morador foi atingido. Já outros oito foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo israelense, o Domo de Ferro.

Guerra

Os conflitos entre o grupo terrorista Hamas e Israel começaram no último dia 7 de outubro. O conflito foi iniciado após o grupo extremista atacar o sul de Israel, levando várias pessoas como reféns, inclusive estrangeiros que estavam na região do ataque.

No mesmo dia, o Governo de Israel respondeu com diversos ataques à Faixa de Gaza com bombardeios aéreos. Até o momento, mais de 5 mil palestinos e 1,4 mil israelenses morreram durante os conflitos. Além disso, 19,8 mil pessoas estão feridas e 340 mil desabrigados nas regiões de Israel e Faixa de Gaza.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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