De acordo com Mauro Cid, Bolsonaro nunca manifestou explicitamente o desejo de permanecer no poder após uma eventual derrota para Lula nas eleições de 2022. No entanto, a preocupação constante do ex-presidente com possíveis fraudes nas urnas eletrônicas era evidente e fazia parte de suas discussões frequentes.
Durante o interrogatório, Cid ressaltou que a busca por fraude nas urnas era um tema recorrente nas conversas com Bolsonaro e que o ex-presidente sempre demonstrou grande preocupação com a lisura do processo eleitoral. Essa obsessão com a questão eleitoral foi um dos motivos que levaram à inclusão de Bolsonaro no chamado “núcleo crucial” da trama golpista, de acordo com a Procuradoria-Geral da República.
Apesar de nunca ter expressado abertamente a intenção de se manter no poder a qualquer custo, as declarações de Cid sugerem que Bolsonaro estava disposto a questionar os resultados eleitorais com base em suspeitas de fraude. Essa postura levantou preocupações sobre a possibilidade de o ex-presidente tentar se manter no cargo mesmo em caso de derrota nas urnas.
O depoimento de Mauro Cid trouxe à tona mais detalhes sobre a mentalidade de Bolsonaro em relação às eleições e à democracia brasileira. A discussão sobre a segurança do sistema eleitoral e a transparência do processo de votação continuam sendo temas sensíveis e controversos no cenário político nacional.
Diante desse contexto, as declarações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro reforçam a importância de garantir a lisura e a confiabilidade das urnas eletrônicas, bem como a transparência de todo o processo eleitoral. A busca por aprimoramentos no sistema de votação e a prevenção de possíveis fraudes são essenciais para preservar a integridade da democracia no Brasil.