Prepare o bolso: cerveja fica mais cara em bares e restaurantes de Goiás

Aquela gelada no final de semana com os amigos, acompanhada de um petisco, deve ficar mais cara a partir de agosto. A previsão de alta da cerveja é uma consequência do aumento no preço da bebida nos supermercados, que já é de 9,38% em um ano. Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado ficou em 11,89%. No mesmo período, a cerveja que representa até 60% do faturamento dos bares goianos, subiu 8,41%.

No setor cervejeiro, os reajustes costumam acontecer entre setembro e outubro, mas os empresários estimam que os fornecedores devem antecipar para agosto os aumentos, sendo que algumas marcas já reajustaram os preços, conforme o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Danillo Ramos Mendes. Para ele, essa é só mais uma agrura enfrentada pelos estabelecimentos, que lidam também com a alta dos custos de alimentos, enquanto tentam recuperar os prejuízos da pandemia.

“Já teve um aumento de parte da indústria. Porém, a outra parte já anunciou esse reajuste. Com certeza vai ter aumento no cardápio, visto que não é só a cerveja que está mais cara, mas também os produtos alimentícios. Além disso há também o gás e a energia que também aumentaram. Porém, o repasse dos bares e restaurantes está abaixo da inflação, a gente está segurando os preços. Entretanto, com mais esse aumento não temos outra alternativa a não aumentar o valor dos produtos”, explicou.

Estratégias no repasse do aumento da cerveja

Algumas estratégias usadas por empresários do ramo para manter a margem de lucro é repassar os valores do cardápio aos poucos, entre 1% e 2% ao mês, e fazer compras “pingadas” nos fornecedores, negociando com os que oferecem os menores preços e buscando sazonalidades para comprar o que sai mais barato.

“Não acreditamos que a clientela não irá deixar de frequentar os estabelecimentos, devido a concorreria entre os bares e restaurantes. Por mais que os produtos aumentem, o empresário não é obrigado a repassar o valor. As empresas são livres para fazer os repasses”, concluiu.

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