Presa em Goiás parte de quadrilha que aplicava golpe de dinheiro falso pelo país

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Presa em Goiás parte de quadrilha que aplicava golpe de dinheiro falso pelo país

Parte de integrantes de uma quadrilha de atuação nacional que dava golpes de fabricação de dinheiro falso foi presa em Goiás nesta quarta-feira, 22. Os mandados judiciais foram cumpridos em Goiânia, Senador Canedo e Jussara. Houve ainda um em Brasília, Distrito Federal. Eles são suspeitos de atrair vítimas que emprestaram cédulas para serem copiadas entre 7 e 10 vezes do total. Os prejuízos variavam entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão por vítima Os Ministérios Públicos de Goiás e do Distrito Federal não divulgaram nomes dos presos. 

A proposta era a devolução ao grupo do valor duplicado em forma de grãos, gado e ouro. O modus operandi variava muito pouco. Em geral, eles se apresentavam como investidores em busca de parceiros para negócios em locais luxuosos com a encenação de um deles como segurança do “líder”. Se firmassem acordo, o grupo exigia a devolução de 40% a 60% das notas originais cedidas pelas vítimas em um prazo de um a três anos. 

Os membros da organização criminosa afirmavam ter ligações com servidores da Casa da Moeda, deputados e agentes internacionais para tentarem convencer os potenciais sócios. Os integrantes chegavam a ter um membro do grupo interpretando um químico que fingia iniciar o processo de cópia em um laboratório montado por eles. 

Antes do encontro, eles perguntavam à pessoa interessada na falsificação quantas cédulas ela levaria em notas de R$50 e R$100 para providenciarem a quantidade exata de papel moeda e os demais insumos. A informação era suficiente para que fosse providenciada uma caixa com algodão e cheia de papel branco por baixo para simular um maço de dinheiro com uma fina camada superior de notas verdadeiras correspondente às que a vítima levaria ao local. 

No endereço marcado, os integrantes afirmavam que precisavam deixar as notas de dinheiro verdadeiro de molho em uma substância para que fossem amolecidas e somente no dia seguinte seriam copiadas. Em seguida, os investigados montavam na frente das vítimas, com o dinheiro verdadeiro que elas levaram, uma caixa idêntica àquela que já haviam providenciado.  

Concluída a montagem da caixa com o dinheiro verdadeiro das vítimas, os investigados jogavam uma falsa substância amaciante e inventavam algo para distrair a atenção delas para trocarem a caixa por aquela com o dinheiro levado pela convidado. Eles diziam às vítimas que deveriam retornar no dia seguinte para buscarem as notas emprestadas e as copiadas. Nesse momento, não encontravam ninguém e se davam conta que sofreram um golpe

Além das prisões, houve também o bloqueio de bens dos investigados até o valor de R$ 1 milhão e o sequestro de veículos. A organização criminosa tinha base em Goiás e cometia as fraudes desde 2011. Eles teriam feito vítimas em Goiás, Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal. A operação foi batizada de Houdini, considerado o maior ilusionista do mundo.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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