Professor do IFG é investigado por vídeos sexuais com menor de idade

A Polícia Civil de Goiás está investigando um professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) por suspeita de produzir e armazenar vídeos contendo cenas de sexo envolvendo uma aluna menor de idade em Luziânia, na Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal. A investigação iniciou em março de 2024, após uma denúncia de que o professor mantinha relação sexual com a aluna e filmava os atos.

Na sexta-feira, 8, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do professor em Goiânia. Durante as buscas, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos para serem averiguados.

Ao g1, o delegado Wallace Vieira, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Luziânia, informou que “também está apreendido na delegacia o aparelho da vítima que foi apresentado pelo genitor dela, nele constava o vídeo em que, supostamente, ele realizou o ato sexual”.

A investigação policial identificou um vídeo que seria de um dos atos cometidos em Luziânia, na mesma época em que o professor lecionava na unidade do IFG em Valparaíso de Goiás, também na Região Metropolitana. “A vítima que denunciou é uma aluna de Valparaíso, mas os fatos ocorreram em um local onde eles estavam em Luziânia”, explicou o delegado.

Até o momento, a polícia tem elementos de apenas uma vítima, mas a investigação busca encontrar se há outras vítimas do professor investigado.

O professor é suspeito de praticar os crimes de produção e armazenamento de vídeos contendo cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente, conforme os artigos 240 e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. Atualmente, o professor continua dando aulas, mas em Goiânia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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