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Professora tem mãos e pés amputados após dor de garganta

Última atualização 02/03/2024 | 11:03

Sherri Moody, de 51 anos, professora de ensino médio dos Estados Unidos (EUA), teve  as mãos e os pés amputados após uma infecção respiratória, que começou com uma dor de garganta, evoluindo para uma sepse.

Em entrevista ao jornal americano Today,  Sherri, contou que sentiu a garganta arranhada pela primeira vez em abril de 2023, e presumiu que estava resfriada. Mas seus sintomas aumentaram rapidamente. Em poucos dias, ela estava cansada, vomitando, com febre alta, e logo depois, com dificuldade para respirar. Com falta de ar e sem conseguir dormir, ela procurou um hospital.

A professora foi diagnosticada com pneumonia bilateral –quando ambos os pulmões são infectados – causada pela bactéria Streptococcus. Essa bactéria geralmente causa infecção na garganta, que pode evoluir para pneumonia. Quando seus órgãos começaram a falhar, seu sistema imunológico entrou em ação, atacando tecidos saudáveis ​​e impedindo que o sangue chegasse às extremidades.

Essa infecção levou à sepse, a reação grave e potencialmente fatal do corpo a uma infecção que é responsável por uma em cada três mortes em hospitais nos EUA, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC ).

“Reconheci rapidamente que estávamos em uma situação grave. Eu estava morrendo de medo”, diz Sherri. O agravamento do quadro resultou em sepse, conhecida também como infecção generalizada.

Em junho de 2023, a professora amputou as pernas abaixo do joelho, seguidas pelos braços abaixo do cotovelo um mês depois. Atualmente, Sherri diz que está ‘escolhendo ser feliz’ enquanto aprende a se locomover em uma cadeira de rodas e aguarda as próteses com o apoio do marido, David. Ela passou quatro meses no hospital e um mês em um centro de reabilitação para aprender como lidar com a perda de seus membros.

Sepse

A infecção pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários. Ela geralmente começa nos pulmões, com a pneumonia; no trato urinário, com a infecção urinária; ou no trato gastrointestinal, com infecção abdominal.

De acordo com o Ministério da saúde, se não for tratada precocemente, a sepse pode se espalhar rapidamente pelo corpo e afetar o sistema imunológico, dificultando o funcionamento dos órgãos. Em resposta, o organismo sofre mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, e na contagem de células brancas do sangue.

“Sou muito forte mentalmente. Não quer dizer que eu não tenha um colapso nervoso de vez em quando e chore um pouco, mas não deixo isso durar muito. Simplesmente escolhi ser feliz”, afirma Sherri