Lei anti-DE: projeto que quer proibir contrato público com artistas que fazem
apologia ao crime tramita no DF
Proposta foi apresentada na Comissão de Educação e Cultura e na Comissão de
Assuntos Sociais da Câmara Legislativa nesta segunda-feira (17). ‘Apelido’ do
projeto faz referência ao rapper DE, dono de música mais ouvida em plataforma
de streaming.
Projeto de Lei ‘anti-DE’ está em debate em SP; Entenda
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Um projeto de lei quer proibir o uso de recursos públicos para contratar
artistas que façam apologia ao crime organizado, uso de drogas ou que promovam a
sexualização durante shows no Distrito Federal. A proposta foi apresentada na
Comissão de Educação e Cultura e na Comissão de Assuntos Sociais da Câmara
Legislativa nesta segunda-feira (17).
O tema é debatido não só na capital. Projetos do tipo, apelidados de “Lei
anti-DE”, vêm sendo apresentados em diferentes estados e cidades brasileiras,
em referência direta ao rapper DE, nome artístico do Mauro Davi dos Santos
Nepomuceno – dono da música mais ouvida do Brasil em janeiro no Spotify
No DF, a proposição é do deputado distrital Eduardo Pedrosa (União). O
parlamentar afirma que o objetivo é “proteger a sociedade do Distrito Federal
contra a disseminação de conteúdos que promovam ou incentivem práticas
criminosas, especialmente no âmbito cultural e artístico financiado com recursos
públicos”.
O PL que tramita na Câmara Legislativa é inspirado no projeto da vereadora
paulista do União, Amanda Vettorazzo.
De acordo com a proposta, o agente público que for responsável pela contratação
vai ser punido administrativamente. A punição não foi determinada pelo
documento.
QUEM É DE
1 de 1 DE tem o nome associado a um projeto de lei — Foto: Reprodução /
Instagram DE
DE tem o nome associado a um projeto de lei — Foto: Reprodução / Instagram
DE
Mauro Davi dos Santos, de 25 anos, tem mais de 13 milhões de ouvintes só no
Spotify, mesmo sem nenhum disco lançado. Suas músicas — que mesclam funk, R&B e
rap — falam sobre ostentação, sexo e o fato de ele ser filho do traficante
Marcinho VP, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho.
No ano passado, ele subiu em um dos palcos do festival de música Lollapalooza,
em São Paulo, e pediu liberdade pelo seu pai,
preso por crimes como homicídio qualificado, formação de quadrilha e tráfico de
drogas e acusado de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Oruam tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco,
condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
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