Quarteto é preso suspeito de matar corretor de imóveis, em Rio Verde

Quatro pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no homicídio contra o corretor de imóveis rurais Wellington Freitas, de 67 anos. Entre os acusados está o fazendeiro Renato de Souza, de 55 anos, apontado como mandante do crime.

De acordo com a Polícia Civil (PC), Renato teria mandado matar o idoso para não ter que pagar uma comissão de R$ 8 milhões que devia a vítima pela venda de uma fazenda avaliada em R$ 300 milhões. Para isso, ele teria contratado Rogério Oliveira, Rogério Teles e Caio Rodrigues Lima.

Segundo o delegado Adelson Canedo, Oliveira matou o corretor e Caio e Teles ajudaram no crime.

Ainda conforme o delegado, em depoimento, Rogério Oliveira confessou ter assassinado o corretor estrangulado com uma corda dentro do próprio carro da vítima, em 20 de junho deste ano.

Já a defesa de Renato de Souza disse que ele é inocente. Os advogados de Caio Rodrigues Lima e Rogério Teles negam qualquer envolvimento dos suspeitos no caso.

Relembre o caso:

O corretor de imóveis rurais Wellington Freitas, de 67 anos, foi encontrado carbonizado próximo de uma fazenda que ele tinha comprado há pouco tempo, em Rio Verde, no Sudoeste de Goiás. A caminhonete da vítima foi localizada às margens da GO-333.

Segundo a PC, a causa da morte foi estrangulamento, porém o corretor chegou a ser queimado. A perícia disse que ele ainda respirava quando colocaram fogo no corpo dele.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp