Última atualização 30/06/2023 | 11:29
Em 2008, a Universidade Federal de Goiás (UFG) instituiu um sistema de reserva de vagar por cotas. A política recebeu o nome de Programa UFGInclui e tinha o objetivo de ofertar vagas por cotas para estudantes negros, quilombolas e indígenas, desde que tivessem cursado o ensino médio completo em escolas públicas. Atualmente, o sistema mudou e agora todos os cursos da universidade possuem uma vaga extra destinada a esses grupos e, com isso, 43% dos estudantes ingressaram por cotas.
No modelo original do Programa UFGInclui, a universidade ofertava 20% do total de vagas para estudantes cotistas. O objetivo era promover a política de inclusão e diminuir a desigualdade social, dando oportunidades para todos. Com a criação da Lei 12.711/2012, o Programa teve que ser reformulado e, assim, deixou de fazer reserva por cotas, instituindo a vaga extra.
A legislação prevê que “as instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas”.
Assim como define a legislação, a UFG passou a ofertar em 2013 no mínimo 50% de vagas por cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência. Priorizando ainda mais aqueles que utilizam as cotas e aumentando o nível desses estudantes na universidade, pessoas que usem o critério de escola pública ou este fator somado a renda também podem ingressar. Atualmente, a instituição possui 20.945 estudantes matriculados, sendo 9.060 ingressantes por esse sistema.
“O tipo de cota mais procurado na UFG é o de reserva para pessoas negras (pretos e pardos). É bom lembrar que o percentual, de certa forma, já é definido pela própria legislação que vincula o percentual de casa modalidade aos dados referentes à população apurados pelo Censo realizado pelo IBGE em 2010, por este indicador o percentual da população negra autodeclarada no Estado de Goiás é de 56,58%, por isso o maior percentual”, informa a universidade.
Situação semelhante
A realidade da Universidade Federal de Jataí (UFJ) não está distante do que acontece com a federal de Goiás. Conforme a lei, em 2015 implantaram a destinação de 50% das vagas para cotista e o restante para ampla concorrência. “As cotas também são subdivididas para estudantes com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio, para pretos, pardos e indígenas, e para pessoas com deficiência. A federal de Jataí atualmente tem 2.966 alunos, sendo 1.591 cotistas. Então, 53% dos estudantes ingressaram pelo sistema de cotas, valor 10% superior ao observado na UFG.