Quase metade das brasileiras sofreram algum tipo de assédio sexual em 2022

Mais de 46% de brasileiras sofreram algum tipo de assédio sexual em 2022, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha. O levantamento foi encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado nesta última quinta-feira, 2. Este índice é o maior da série histórica do levantamento, que teve início em 2017. Comparando com dados do ano anterior, houve um aumento de nove pontos percentuais nos casos de assédio.

Segundo o instituto, quatro em cada 10 mulheres ressaltam ter recebido cantadas ou comentários desrespeitosos enquanto andavam em alguma via. 18,6% delas afirmam ter ouvido cantadas ou comentários impertinentes no ambiente de trabalho, enquanto 12,8% sofreram assédio no transporte público e 11,2% foram abordadas de maneira agressiva durante festa ou eventos.

Ainda de acordo com pesquisa é apontado que o assédio tem sido comum entre mulheres jovens. Na faixa etária de 16 a 24 anos, 76,1% foram vítimas desta situação no ano passado.

Mais de 31% das mulheres com ensino fundamental afirmaram que sofreram alguma forma de assédio em 2022, enquanto as que possuem nível superior, esse percentual chegou a 59,7%. De acordo com o levantamento, a discrepância pode estar ligada a compreensão do que é assédio, uma definição que pode variar na percepção de uma mulher para outra.

“É provável que mulheres mais jovens e que passaram pela faculdade estejam mais engajadas em debates sobre os direitos das mulheres e, portanto, tenham uma compreensão mais ampla do que significa assédio sexual”, aponta o levantamento.

O instituto Datafolha entrevistou 2.017 pessoas com mais de 16 anos em 126 municípios brasileiros no período de 9 a 13 de janeiro de 2023. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp