Em um simples passeio pelas ruas de Goiânia dá para notar que eles estão ganhando espaço. O patinete elétrico vem invadindo o trânsito das principais capitais do país pela economia e vantagens em meio a tantas altas dos combustíveis e do custo de vida em geral. Apesar de parecer muito caro, este meio de transporte está ocupando terreno até entre os que costumavam utilizar ônibus coletivos.
A aparência minimalista deles também engana por serem mais potentes e sofisticados do que aparentam. É um estilo que parece ter vindo para ficar, principalmente quando são colocados no papel os gastos comparativos com um carro, uma moto ou mesmo transporte público.
A economia pode ficar perto de R$9 mil em um ano, incluindo o combustível, a manutenção periódica, IPVA, seguro e a depreciação do bem. Outro atrativo é que não há exigência de habilitação, emplacamento ou pagamento de impostos para parte deles.
No mercado, a definição de patinete elétrico inclui diversos tipos de veículos movidos por eletricidade, ou seja, vai desde um skate a uma moto. O modelo mais apropriado para o trânsito de Goiânia, no entanto, é um que tem pneus, potência e velocidade compatíveis.
Ele seria um de 2 mil watts, sem necessidade de habilitação, com capacidade de percorrer até 50 quilômetros e velocidade máxima de 65 quilômetros por hora. O preço vai de R$8,5 mil a R$13 mil. “Não precisa de velocidade superior porque o fluxo médio de carros é esse”, explica o empresário Alexsander Maia, da Bellavita Scooters.
“Eu mesmo tenho um que uso para me deslocar diariamente e muitas vezes ao dia entre o Serra Dourada e o Jardim América. O meu custo varia de R$1 a R$1,5 a cada 50 quilômetros. De carro, eu gastaria pelo menos cinco litros, que multiplicado por R$7 reais da gasolina, se tornaria R$35 em apenas um dia. Sai mais barato ainda do que a passagem de ônibus, hoje de R$4,30. Em um ano ele se paga”, detalha Maia. A escolha do modelo ideal, no entanto, depende do tipo de deslocamento e se haverá passageiro, o que influencia na bateria.
A procura, segundo Alexsander e também conforme aponta o vendedor Marcos Jhonatan, da Shineray Goiânia, aumentou com a pandemia, mas subiu ainda mais após o início da Guerra na Rússia. “As pessoas desconfiaram que haveria desabastecimento de combustíveis e também aumento no valor deles, por isso começaram a enxergar os patinetes elétricos como uma alternativa”, diz Marcos. Ele afirma que os modelos mais simples são os mais vendidos, mas nem por isso são ruins.
A facilidade de carregar o patinete elétrico completamente de 3 a 8 horas, conforme o modelo, e a possibilidade de transportar a bateria chama atenção dos visitantes de ambas as lojas.
Os únicos cuidados exigidos com o veículo são a avaliação dos pneus, com duração de dois a três anos, ajustes mecânicos esporádicos e troca da bateria, o que ocorre a longo prazo. “Não existe força de arrancada, então os pneus se desgastam pouquíssimo. Posso dizer que é o mais procurado entre as mulheres até por causa da relação eficiência e peso, que entre elas costuma ser bem vantajosa”, afirma Marcos.