Racha entre carros de luxo mata uma adolescente de 15 anos em Goiânia

No início da manhã deste sábado (7) um acidente na avenida T-9, próximo ao cruzamento com a avenida C-231, deixou uma vítima fatal, que tinha 15 anos de idade, no setor Jardim América, em Goiânia. Segundo informações preliminares da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), o acidente foi causado porque um carro de modelo BMW disputou um “racha” com uma caminhonete Hilux. A polícia ainda busca os dois motoristas.

No Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), uma das vítimas disse à Polícia Civil que todos os envolvidos no acidente estavam na Boate Royal. Segundo relatado, eles ingeriram bebida alcoólica durante toda a madrugada. A menor de idade que faleceu também estava na boate e, segundo relatado à polícia, teria conseguido entrar no estabelecimento, mesmo sem ter completado 18 anos, porque conhecia os proprietários.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motorista da Hilux perdeu o controle do carro, bateu um uma árvore, capotou e, por fim, se chocou contra as portas de dos estabelecimentos comerciais. Três jovens que estavam na caminhonete foram socorridas e levadas ao hospital. A adolescente de 15 anos, que faleceu, também estava na Hilux.

A BMW, de cor branca, era conduzida por um amigo das vítimas, que também estava na boate. A polícia ainda não localizou o motorista e acredita que ele levava outros dois ou três passageiro. Algumas vítimas ainda não foram identificadas e estão internadas em hospitais. A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a boate, via telefone e WhatsApp, para saber sobre a possível entrada da adolescente no estabelecimento. Por mensagem, a casa noturna respondeu que ainda não tem informações sobre o fato e que não é permitida a entrada de menores de idade no local.

 

Hilux ficou destruída após impacto. (Foto: Corpo de Bombeiros de Goiás)

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp