Rainha Elizabeth II é colocada em supervisão médica; família é convocada

A Rainha Elizabeth II do Reino Unido está sob supervisão médica após a equipe de saúde dela expressar preocupação com o quadro. A informação foi revelada pelo Palácio de Buckingham nesta quinta-feira, 8. 

De acordo com o comunicado oficial, a monarca, de 96 anos, está confortável, mas os médicos estão preocupados com o seu estado de saúde após uma avaliação feita nesta manhã. Membros da família real foram chamados até o Palácio de Balmoral, na Escócia, onde a rainha está passando férias de verão. 

‘’Os médicos da rainha estão preocupados com a saúde da Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica. A rainha permanece confortável e em Balmoral”, declarou o palácio de Buckingham em comunicado.

Todos os quatro filhos da monarca – o herdeiro do trono, príncipe Charles, Andrew, Anne e Edward -, além de William, seu neto, viajaram nesta quinta-feira para o palácio de Balmoral. O príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, que vivem nos Estados Unidos, também viajarão até a Escócia para estar perto da rainha Elizabeth ll, segundo informações do porta-voz do casal. 

A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, nomeada ao cargo pela rainha se pronunciou sobre a situação e declarou que todo o país está ‘’profundamente preocupado’’. “Meus pensamentos estão com ela e sua família neste momento”, declarou.

Problemas de saúde

No poder há 70 anos, a rainha Elizabeth II vem apresentando problemas de saúde e mobilidade desde o fim de 2021. Por conta disso, eventos oficiais têm sido desmarcados e adaptados para estar ao alcance da monarca. 

Na cerimônia de nomeação da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, na última terça-feira, 6, a Elizabeth II transferiu, pela primeira vez na história, a o evento para o palácio de Balmoral, onde ela estava. Até então, todos os premiês anteriores haviam sido nomeados no palácio de Buckingham, em Londres. 

Em maio, a monarca foi substituída pelo príncipe Charles na abertura oficial dos trabalhos no Parlamento do Reino Unido. Essa foi a primeira vez que um rei ou rainha não presidiu a sessão. 

A aparição da rainha também foi reduzida durante as festividades do Jubileu de Plantino, que celebrava os 70 anos do seu reinado, em junho. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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