Reforma de São Januário: veja os próximos passos do Vasco após a lei de potencial construtivo
Com a regulamentação da lei de potencial construtivo de São Januário, o Vasco deu um passo importante no processo para viabilizar o início das obras no estádio. Após análise da Procuradoria Geral do Município, o decreto foi publicado no Diário Oficial na sexta-feira. Mas e agora? Quais são os próximos passos do clube para a reforma?
Agora, o próximo objetivo é criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE é uma empresa – controlada pelo clube – com o propósito específico de tocar a reforma do estádio. Ela vai emitir, vender e receber os recursos pelos certificados de potencial construtivo, além de conduzir todo o processo de reforma.
O processo está em andamento. Após análise da proposta, o Vasco chegou a um valor final e autorizou os advogados a darem continuidade ao processo. A expectativa é que a criação da SPE esteja finalizada até o início do próximo ano.
Após a regulamentação, o Vasco também vai apresentar à Prefeitura o projeto com o estudo para as obras no entorno de São Januário e as intenções de melhorias para a região. O decreto publicado na sexta-feira fala sobre a “Operação Urbana Consorciada” – um pacote de melhorias que serão feitas a partir da aprovação da lei: a reforma do estádio do Vasco, as obras do entorno e a própria venda do potencial construtivo para outras regiões da cidade, como a Barra da Tijuca.
Além da aprovação da lei do potencial construtivo do estádio, foi publicado um segundo decreto, que cria uma tramitação mais rápida para análise e aprovação de projetos de construtoras que comprem esse potencial construtivo. Com esse facilitador, há uma expectativa no Vasco de que o mercado responda positivamente para acelerar o processo. O clube entende que entra em vantagem nas negociações por ser, por ora, o único com o decreto de regulamentação já publicado.
Neste momento, não há previsão estabelecida pelo clube para o início das obras de São Januário. Antes, havia a expectativa de que as obras começassem em janeiro de 2025, mas acabou não dando certo a negociação com uma construtora para a compra de 210 mil m² do potencial construtivo, que já estava bastante encaminhada, em fase de troca de minutas.
O associativo do clube e a SAF trabalham em conjunto para promover um estudo de viabilidade financeira e técnica do projeto arquitetônico para o novo estádio. Ainda não há, porém, definição sobre a capacidade final de São Januário após a reforma. Há um estudo em andamento sobre a ocupação e operação do estádio, assim como a viabilidade técnica do projeto — que influenciam na decisão. O clube trabalha com uma previsão mínima de 40 mil e máxima de 57 mil torcedores no novo São Januário.