Região da 44 deve chegar a R$1 bilhão em vendas

Região da 44 deve chegar a R$1 bilhão em vendas

Faltando menos de duas semanas para o Natal, a região da 44 já se tornou um formigueiro humano. O tráfego de pessoas e de carros no local mostram o potencial da região em um ano que marca o retorno às atividades após paralisação no auge da pandemia. A previsão dos lojistas para este período de festas é de chegar a R$1 bilhão em vendas.

A informação foi dada com exclusividade ao Diário do Estado pelo vice-presidente da Associação da Região 44 (AER44), Lauro Naves. Comparado ao ano passado, no auge da pandemia, o total de vendas foi menor, registrando R$800 milhões. Para Lauro, o percentual para este ano só não é mais alto por causa da crise econômica brasileira.

De acordo com ele, “os obstáculos para uma melhor perspectiva são a quantidade de lojas fechadas em todo o Brasil, aumento do desemprego, diminuição do poder de compra das pessoas e, automaticamente, a região vende menos”, explica.

O valor de expectativa de vendas ainda é alto, apesar de tantos entraves, mas bastante tímido comparado aos números já registrados no centro de compras. Em 2019, o acumulado chegou a quase ao dobro com R$1,5 bilhão no mês de dezembro daquele ano.

Formigueiro

Cerca de 1,2 milhão de pessoas devem visitar a região da 44.  Para receber o público de volta ao segundo maior polo de moda do País – ficando atrás apenas da região do Brás, em São Paulo, estão sendo tomadas medidas isoladas e em conjunto com autoridades para garantir compras tranquilas.

Segundo Lauro, a região da 44 já chegou a R$1,5 bilhão em vendas em dezembro de 2019. (Foto: Reprodução/Twitter)

Para atender as pessoas neste período de compras aquecidas para as festas de fim de ano, desde o início de dezembro as lojas e galerias da Região da 44 estão funcionando aos domingos (7h as 13h) e às segundas (7h as 19h).

“É um momento de muita movimentação. Todos os empreendimentos estão preparados pra receber a população com várias opções de estacionamento e infraestrutura adequada”, afirma o vice-presidente da Associação da Região 44.

Com forte apelo de vendas presenciais, as transações on-line ganharam espaço entre os empresários do local. No entanto, a adesão ainda é limitada.

A jornada de ir até lá, pesquisar, escolher e experimentar os produtos mais populares ainda afasta as pessoas do comércio eletrônico. O tête-à-tête lidera a preferência dos consumidores chegando a 70% do montante das vendas nas mais de 14 mil de lojas.

Prevenção ao covid-19

O coronavírus permanece como uma ameaça à saúde pública. Por isso, as medidas sanitárias determinadas pela Prefeitura de Goiânia serão aplicadas na 44. Segundo Lauro, os lojistas continuam seguindo todas as orientações das autoridades.

Uma nota técnica recente do Executivo municipal classifica a aferição de temperatura corporal em estabelecimentos públicos e privados como opcional. A obrigatoriedade se restringe ao uso de máscaras faciais de proteção e de oferta de álcool 70%.

Seguindo a mesma linha de flexibilização, um decreto de setembro liberou o funcionamento de hotéis, pousadas e congêneres e subiu o limite de da capacidade de acomodação para 80%. A medida é considerada positiva para o turismo de moda da 44, que recebe pessoas de vários estados.

O comprovante de vacinação não é obrigatório em Goiânia, porém a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomenda a exigência dele em locais como feira comerciais, cinemas, estádios, salões de festa e zoológico.

Força conjunta estatal

Em relação à segurança e fiscalização, um esquema especial está montado para intensificar as ações de ordenamento na região. A “Operação Boas Compras” segue até o dia 31 de dezembro com a atuação de cerca de dez órgãos. A presença dos ambulantes tende a ser coibida pelos agentes dessa força conjunta.

“Nosso intuito é garantir que clientes e trabalhadores formais possam ter a segurança de transitar, liberando os passeios públicos e organizando o tráfego de veículos na região”, pontua o secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Valfran Ribeiro.

 

Quer fazer boas compras na região da 44?

Confira algumas dicas:

-Opte por vestir roupas confortáveis

-Use protetor solar

-Beba água

-Atenção às formas de pagamento: alguns lugares não aceitam cartões de crédito ou débito. A melhor opção é levar um pouco de dinheiro em espécie

-Priorize ir de táxi, transporte por app ou ônibus

-Prefira estacionamentos privados: evite dor de cabeça ao procurar vagas, lidar com flanelinhas e risco de multa

-Pesquise as lojas com antecedência: utilize a internet a seu favor.

-Escolher dia e horário mais tranquilos: o auge é na quinta à tarde, então faça compras em outra ocasião

-Caso seja de fora, opte por hotéis da região

-Cuidado com bolsas e celulares: prefira o uso de bolsas pequenas e as mantenha sempre à frente do corpo, use carteiras no bolso da frente e evite usar o celular na rua.

-Evite levar crianças pequenas e de colo

-Leve um guarda-chuva: nesta época chove muito na capital

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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