Relembre cinco crimes que chocaram Goiás em 2022

Relembre cinco crimes que chocaram Goiás em 2022

Todo ano, em qualquer lugar do mundo, infelizmente ocorrem crimes terríveis causados pelo ser humano. No estado de Goiás, em 2022, não foi diferente. O Diário do Estado (DE) separou cinco casos que chocaram os habitantes e que terminaram em homicídio, tortura, estupro ou agressão.

Caso Bonópolis

O Caso Bonópolis foi um dos crimes que mais marcaram negativamente o estado de Goiás em 2022. Em 6 de julho, a mãe das crianças Luiz Otávio Nunes Reis, de 7 anos, e Ayla Luciene Jesus Nunes, de 5, saiu de casa para trabalhar. Quando voltou, encontrou o filho sem vida em sua residência.

A polícia entrou em ação e os agentes encontraram Ayla, já morta em uma mata a 200m da casa da família. De acordo com o delegado do caso, as crianças morreram com golpes de faca na garganta, depois de serem abusadas sexualmente.

Reginaldo José Barbosa, de 37 anos, apontado como autor do crime, foi morto em confronto com a polícia no dia 10 de julho. Um outro homem, identificado como José de Jesus, foi preso suspeito de ajudar no assassinato dos irmãos.

Caso Luana

Um dos outros crimes que lamentavelmente ocorreram neste ano foi o Caso Luana, também envolvendo uma criança. No final de novembro, Reidimar Silva, de 31 anos, sequestrou Luana Marcelo, de 12 anos, no Setor Madre Germana 2, em Goiânia.

O homem convenceu a criança a entrar no carro após afirmar que devia dinheiro aos pais dela. Servente de pedreiro e vizinho da família de Luana, ele levou a criança até uma casa, onde a matou por estrangulamento. Em seguida, Reidimar a estuprou e usou madeira e isopor para colocar fogo no corpo. Por fim, enterrou o cadáver.

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) iniciou as investigações e capturou o homem, que acabou confessando o assassinato. Inicialmente, ele afirmou que tentou estuprar a garota, mas não chegou a cometer o crime de fato. Posteriormente, mudou o próprio depoimento.

Caso Edéia

No dia 27 de setembro, Izadora Alves foi presa após matar as filhas Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10. As meninas foram encontradas mortas pelo pai, na casa onde a família vivia na cidade de Edéia, na região sul de Goiás.

Ao ser presa poucas horas depois do crime, a mulher confessou à Polícia Civil que envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas. Em seguida, ela fugiu de casa e foi encontrada em uma mata nas proximidades da residência, com marcas de corte no pulso.

Para a polícia, Izadora contou que já planejava o crime há algum tempo. De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher chegou a tentar comprar uma arma de fogo para matar as meninas e tirar sua própria vida, mas não conseguiu.

Chacina em Cavalcante

Atendendo a uma denúncia anônima de plantação de maconha em 20 de janeiro, policiais militares se dirigiram a um lugar de difícil acesso em Cavalcante. Eles afirmam que receberam tiros no local e revidaram, o que matou quatro dos sete suspeitos enquanto três teriam fugido.

Os pés de maconha foram encontrados e incinerados após a ação policial, o que contraria a legislação e foi considerado estranho pelos investigadores. Quatro dias depois da chacina, a Polícia Militar afastou das atividades operacionais os policiais envolvidos na ação e abriu um Inquérito Policial Militar.

Nenhum dos suspeitos mortos pelos policiais militares tinha passagem pela polícia. A população local contraria a versão dos militares ao defender no enterro dos suspeitos que os homens não tinham armas de fogo.

Agressão em Goiânia

O mais recente crime ocorreu em 9 de dezembro, no Setor Sudoeste, em Goiânia. As agressões de Thiago Brandão Abreu, de 40 anos, em Isabella Lacerda, de 20 anos, aconteceram após a vítima beber cerveja sem a “permissão” dele em uma festa de família.

Isabella teria ligado para ele através de uma chamada de vídeo, que viu a garrafa de cerveja e foi até o local buscá-la. A jovem ficou com diversos hematomas e contou que teve parte dos cabelos arrancados. Segundo a denúncia, Thiago a agrediu com socos, mordidas e coronhadas por arma de fogo durante três horas, após ameaças.

A jovem conseguiu fugir das agressões com a ajuda da mãe, e foi até uma delegacia. Ela representou o ex-namorado criminalmente e pediu medidas protetivas contra ele. De acordo com a Polícia Civil, Thiago foi preso em flagrante no dia 12 de dezembro e encaminhado para audiência de custódia. O processo corre em segredo de Justiça.

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Polícia Civil de Goiás desarticula quadrilha de golpe da falsa central com 37 prisões

Nesta quinta-feira, 21 de novembro, policiais civis de cinco estados realizaram uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar o golpe da falsa central telefônica. A ação, coordenada pela Polícia Civil de Goiás, contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e da Diretoria de Operações Integradas (Diop), ligados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
 
Os suspeitos, segundo a investigação, telefonavam para as vítimas se passando por funcionários de instituições financeiras para obter informações bancárias e senhas. Após ludibriar as vítimas, eles as induziam a acessar sites clonados que possuíam o mesmo layout das páginas oficiais dos bancos, permitindo assim realizar transferências indevidas das contas das vítimas.
 
Foram cumpridos 37 mandados de prisão temporária e 55 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Piauí, Pernambuco, Pará e Ceará. Além disso, 438 contas bancárias envolvidas no esquema foram bloqueadas, com valores identificados que chegam a R$ 500 mil.
 
Durante a operação, a Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu joias, celulares, eletrônicos e dinheiro vivo. Os maços de dinheiro apreendidos somam R$ 556 mil, totalizando mais de R$ 1 milhão em valores apreendidos.
 
Os alvos da operação são suspeitos de cometer crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 21 anos de prisão. A Polícia Civil alerta a população a redobrar os cuidados ao receber contatos solicitando informações bancárias ou senhas, lembrando que instituições financeiras legítimas não pedem esses dados por telefone ou mensagens.

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