Rogério Cruz sanciona lei de carreira de Agentes de Saúde e Combate à Endemias

Rogério Cruz sanciona lei de carreira de Agentes de Saúde e Combate à Endemias

O prefeito Rogério Cruz sancionou na tarde desta quarta-feira, 28, no Paço Municipal, a Lei Complementar que dispõe sobre a política remuneratória e de valorização dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) de Goiânia. A Legislação cria o Plano de Carreira, e permitirá adequação do piso salarial dos servidores.

“Os servidores estão na linha de frente em todas as ações da Prefeitura de Goiânia. Prefeito sai e entra outro, secretários saem e entram outros, mas os servidores efetivos são os que ficam e prestam serviço à população. Faça chuva ou faça sol, estão trabalhando pela nossa população. E a nossa gestão trabalha para valorizá-los”, disse Rogério Cruz durante o ato, lembrando que tem buscado manter diálogo e valorizar todas as categorias, de acordo com a capacidade do município.

Com a nova tabela sancionada, os valores terão efeitos financeiros retroativos a 05 de maio de 2022, e vão de R$ 2.424,00 (classe I) a R$ 2.651,09 (classe X). O projeto trata dos servidores com exercício exclusivamente no âmbito do SUS, e lotação no órgão ou entidade municipal de saúde, beneficiando 1.621 agentes.

O Diretor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Murilo Reis, compareceu à solenidade representando o secretário de Saúde, Durval Pedroso. Ele ressaltou a importância da atuação dos agentes em campo no combate à doenças como a dengue, e disse que, seguindo diretriz do prefeito Rogério Cruz, haverá mais investimento em tecnologia para auxiliar no trabalho dos agentes.

“Nós sabemos da importância do trabalho dos agentes em campo para a prevenção de doenças. A gestão do prefeito Rogério Cruz vai entrar na história pela valorização dessas categorias. 2023 será um um ano desafiador, com uma intensidade grande de chuvas, o que amplia o desafio do controle do mosquito da dengue. E vocês estão na linha de frente dessa batalha. Todos os agentes comunitários de saúde terão como grande aliado a tecnologia para vencer essa guerra”, afirmou o diretor.

A vereadora Sabrina Garcez e o líder do prefeito na Câmara, Anselmo Pereira, foram dois dos principais articuladores do projeto no Legislativo. Eles relataram a luta histórica da categoria e o esforço da prefeitura para atender os servidores.

“O governo federal repassou R$35 milhões em 2022 para o custeio dos agentes de saúde e dos agentes de endemias. O impacto da categoria no orçamento, incluindo o plano de carreira e o piso, é de R$ 90 milhões. Uma série de benefícios são pagos com recursos do tesouro municipal. Então, o prefeito que dialogou e valorizou a categoria dos agentes de saúde e dos agentes de endemia foi Rogério Cruz”, disse Sabrina Garcez.

O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias do Estado de Goiás (Sindacse/GO), Paulo Brito, destacou a atenção que o prefeito Rogério Cruz teve durante as conversas com os servidores em busca de atender as demandas da categoria.

“O prefeito Rogério Cruz teve um olhar diferenciado. Ele teve a hombridade de dizer que nós somos uma peça importante da saúde pública. Nós somos responsáveis em grande parte pela melhora dos indicadores. Em Goiânia não existe raiva animal e humana, não existe desnutrição e a cobertura vacinal é uma das melhores do país. Agora nós também temos o nosso plano de carreira finalmente implantado”, afirmou.

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Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa

Sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial. O dado é de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro, entre os dias 4 e 13 de novembro.

Os sentimentos de discriminação e preconceito foram vividos em diversas situações cotidianas e são admitidos inclusive por brancos. Conforme a pesquisa, a expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de parcela majoritária dos brasileiros.

Os negros, que totalizam pretos e pardos, representam 55,5% da população brasileira – 112,7 milhões de pessoas em um universo 212,6 milhões. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,6 milhões (10,2%) se autodeclaram “pretos” e 92,1 milhões (45,3%), “pardos”.

O levantamento do Instituto Locomotiva revela que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas. Também por causa de algum temor, 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas.

O constrangimento pode ser também frequente no comércio: 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. O mesmo aconteceu com 36% que não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.

Saúde mental

Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental.

Do total de pessoas entrevistadas, 68% afirmaram conhecer alguém que já sofreu constrangimento por ser negro. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam “a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas”.

Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros. “Essa constatação reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas para romper as barreiras estruturais que perpetuam essas desigualdades e limitam as oportunidades para milhões de pessoas negras no Brasil.”

A pesquisa feita na primeira quinzena deste mês tem representatividade nacional e colheu opiniões de 1.185 pessoas com 18 anos ou mais, que responderam diretamente a um questionário digital. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.

Racismo é crime

De acordo com a Lei nº 7.716/1989, racismo é crime no Brasil. A lei batizada com o nome do seu autor, Lei Caó, em referência ao deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT-BA), que morreu em 2018. A lei regulamenta trecho da Constituição Federal que tornou o racismo inafiançável e imprescritível.

A Lei nº 14.532, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, quem proferir ofensas que desrespeitem alguém, seu decoro, sua honra, seus bens ou sua vida poderá ser punido com reclusão de 2 a 5 anos. A pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.

As vítimas de racismo devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. É importante tomar nota da situação, citar testemunhas que também possam identificar o agressor. Em caso de agressão física, a vítima precisa fazer exame de corpo de delito logo após a denúncia e não deve limpar os machucados, nem trocar de roupa – essas evidências podem servir como provas da agressão.

Nesta quarta-feira, 20, o Dia de Zumbi e da Consciência Negra será, pela primeira vez, feriado cívico nacional.

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