Com ritmo de crescimento acelerado, os casos de dengue na capital assustam e chamam atenção para a necessidade de combate ao mosquito transmissor. Uma força tarefa da Prefeitura iniciada há duas semanas já encontrou 202 focos do inseto. A maior parte deles está nos setores Itaipu, Residencial Canadá, Faiçalville, Jardim Novo Mundo, Vila Pedroso e Vale do Araguaia.
O índice de infestação é aparentemente baixo sendo de 1,22% entre os 16.432 locais fiscalizados, ou seja, um imóvel a cada 100 visitados. No entanto, o reflexo em Goiânia foi de 11 mortes em decorrência da doença apenas neste ano até o dia 07 de maio, de acordo com o painel de indicadores da Secretaria Estadual de Saúde. Nesse mesmo período do ano passado, foram confirmados 24.376 casos de dengue no estado. Em 2022, o avanço foi de 300%.
Bairros da região sudoeste e leste foram visitados nesta semana. Na próxima, serão visitadas as regiões oeste e noroeste. O objetivo é combater o mosquito que também transmite chikungunya e zika , além de autuar os donos de imóveis reincidentes, que poderão recorrer as multas em cinco dias. Se mantidas, elas serão cobradas no boleto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (ITU) de 2023. Os valores começam R$ 2.608,81 e chegam a R$ 26.088,15.
De acordo com a SES-GO, 80% da população goiana teve dengue sem saber. O número de exames laboratoriais para detecção de dengue aumentou 918% entre janeiro do ano passado e o deste ano. A estatística assustadora foi registrada por apenas uma rede de laboratórios goiana, a Padrão, e reflete a situação fora de controle em todo o País. Segundo especialistas, o atual patamar é de uma epidemia.