Saúde prevê vacina contra Covid-19 para crianças de 0 a 4 anos

O Ministério da Saúde prevê um contrato com a Pfizer para possibilidade de vacinar crianças de 0 a 4 anos, caso a vacina seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo.

A Pfizer pretende solicitar à Anvisa o uso da vacina em crianças de 0 a 4 anos. Atualmente, o uso é aprovado pela agência em crianças de 5 a 11 anos. A informação consta em um documento do Ministério da Saúde enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (5).

O documento, assinado pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, explica ao Supremo que o contrato inclui possíveis adaptações do produto original para abranger mutações ou variantes e novas formulações, incluindo doses pediátricas.

Neste sentido, é informado que deveria haver uma dispensação de imunizantes para vacinar crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 11 anos quando a farmacêutica tivesse autorização da Anvisa.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a estimativa é que o país tenha 14,6 milhões de crianças com idades entre 0 a 4 anos.

“[O Ministério da Saúde] Sinalizou ainda [à Pfizer], que em relação à dispensação de vacinas para imunizar crianças de zero a quatro e de cinco a onze anos, tão logo a farmacêutica obtivesse autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA para imunização destas faixas etárias, ela deveria priorizar as entregas para atender àqueles públicos”, aponta o documento.

As doses pediátricas serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado a 150 milhões de unidade. A compra custou R$ 6,96 bilhões, ou seja, cerca de R$ 69 por dose.

Vacinação para crianças de 5 a 11 anos

No dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou o uso da vacina Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. O Ministério da Saúde anunciou a inclusão deste público ao Plano de Vacinação contra a Covid-19, sem a necessidade de apresentação de prescrição médica, na última quarta-feira (5).

Ainda foi anunciado pelo Ministério, que até março deste ano o país deve receber 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid-19, suficiente para imunizar cerca de metade da população de crianças com 5 a 11 anos.

O governo espera receber até o fim de janeiro 3,7 milhões de doses, que serão distribuídas logo em seguida aos estados e ao Distrito Federal, responsável pela aplicação do imunizante. A espera é que o primeiro voo chegue no Brasil em 13 de janeiro, com 1,248 milhão de doses.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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