Secretário de Economia do DF e esposa condenados por lavagem de dinheiro: detalhes da sentença e próximos passos no caso. Confira!

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Secretário de Economia do DF e esposa são condenados por lavagem de dinheiro e
ocultação de bens

Condenação é referente a atos de quando Ney Ferraz Júnior era presidente do
Instituto do Iprev. Defesa diz que eles foram absolvidos da acusação de
corrupção e que decisão será revertida; GDF não se manifestou.

Ney Ferraz Júnior, Secretário de Economia do Distrito Federal, juntamente com sua esposa, Emanuela Ferraz, foram condenados por lavagem de dinheiro e ocultação de bens, cometendo um total de 166 atos ilícitos. A decisão ainda pode ser objeto de recurso.

A condenação diz respeito ao período em que Ney exercia a presidência do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev), entre os anos de 2019 e 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público do DF (MPDFT), Ney Ferraz, sua esposa e outros dois réus beneficiaram empresas por meio de um edital de credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras em troca de vantagens.

A defesa do casal alega que foram absolvidos da acusação de corrupção e que a condenação por lavagem de dinheiro pressupõe a existência de um crime antecedente. Portanto, como não houve condenação na outra acusação, a defesa afirma que a sentença será revertida. Até o momento, o GDF não se pronunciou sobre o assunto.

Ney e Emanuela Ferraz foram condenados a uma pena de 6 anos, 5 meses e 15 dias de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multa. O juiz responsável também determinou a perda do cargo público de Ney Ferraz e sua inabilitação para assumir qualquer função pública por um período de 12 anos e 11 meses.

De acordo com o magistrado Márcio Evangelista Ferreira, da 2ª vara criminal de Brasília, Ney não apresentou documentos que comprovassem a origem lícita dos valores movimentados. Além disso, houve a absolvição das acusações de corrupção passiva, ativa e associação criminosa.

Em fevereiro de 2023, Ney Ferraz e outras pessoas foram alvo da Operação Imprevidentes, que resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em diferentes locais. A investigação envolveu suspeitas de irregularidades no Iprev, especialmente no credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras, assim como no uso de recursos públicos.

A denúncia do MPDFT aponta que Ney Ferraz teria recebido R$ 510 mil por favorecer uma empresa de São Paulo, quantia depositada de forma fracionada na conta de sua esposa. Com indícios de enriquecimento incompatível com os rendimentos dos investigados, parte do dinheiro foi utilizada para aquisição de um carro de luxo no valor de R$ 218 mil, caracterizando ocultação dos valores obtidos de forma ilícita. Em seus depoimentos, Ney Ferraz alegou que os investimentos eram decididos em grupo e que os encontros com o dono da empresa eram de cunho pessoal.

Ney Ferraz, conhecido por sua atuação no serviço público federal, ocupou cargos relevantes na gestão do governador Ibaneis Rocha, incluindo a presidência do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF, a presidência do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do DF e, posteriormente, a secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal, e a partir de 2024 a secretaria de Economia do DF.

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