Segunda edição do Sábado Tem Museu é realizada em Aparecida neste sábado, 25

A segunda edição do Sábado Tem Museu já está com data marcada. Neste sábado, 25 de maio, às 10 horas, o encontro acontecerá no Museu de Geociências (MusGeo), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Aparecida de Goiânia. O projeto faz parte do aplicativo “Fala Sério, aqui tem museu!”, uma iniciativa da CALÍOPE Projetos e Ações Patrimoniais cujo objetivo é tornar instituições culturais acessíveis à população de forma lúdica e informativa.

A visita mediada – não apenas guiada, visto que estimula uma troca de conhecimento por meio de perguntas e compartilhamento de impressões e informações – será nos laboratórios de Geologia e Paleontologia do MusGeo. Os visitantes terão acesso a todo o acervo do museu, que inclui minerais e rochas datadas da época de formação geológica do planeta Terra, além de fósseis de dinossauros e de megafauna (conjunto de animais de grandes proporções corporais, acima de 44 quilos, que conviveram com a espécie humana e, depois, foram extintos).

A museóloga à frente da CALÍOPE, Bárbara Freire, explica que a escolha do local que receberá a segunda edição do Sábado Tem Museu não foi aleatória. “O Museu de Geociências foi selecionado entre as 47 instituições mapeadas no Fala Sério, tanto para trazer o evento para Aparecida de Goiânia como por tratar de assuntos do período anterior à colonização portuguesa no Brasil, temática que estamos abordando nessas primeiras edições”, afirma.

Sequência estratégica

Na primeira edição, realizada em abril, a visita aconteceu na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Goiás (IPHAN-GO), com visita à exposição “Goiás: 11 mil anos”. Após trazer um panorama sobre a história e objetos que comprovam a ocupação humana no estado de Goiás, o Sábado Tem Museu convida o público para uma viagem a um período ainda mais antigo, que remonta à linha do tempo da evolução planetária.

Nesta edição, além da museóloga Bárbara Freire, estarão presentes outras duas profissionais da equipe CALÍOPE: a arqueóloga Joanne Ester Ribeiro e a intérprete de libras Débora Fernandes, a fim de tornar a visita acessível também ao público deficiente auditivo. O evento contará ainda com a participação da equipe do Museu de Geociências da UFG: o professor de paleontologia Carlos Roberto Candeiro, a professora de geologia Elisa Soares Rocha Barbosa e os graduandos do curso de Geologia da universidade.

A participação no Sábado Tem Museu é gratuita, porém é necessário realizar inscrição, já que as vagas são limitadas. Os interessados podem acessar o aplicativo Fala Sério pelo link https://pwa4.app.vc/fala_serio/home, via Google Play ou, ainda, pelo Instagram @falaserioapp. Em seguida, é só selecionar “Inscrições Sábado Tem Museu”. Cada inscrição deve ser individual, ou seja, é necessário inscrever cada criança e/ou membro da família separadamente.

Sobre o Sábado Tem Museu

Com o objetivo de estimular o acesso à cultura de maneira leve, interativa e informativa, o Sábado Tem Museu é um projeto inovador que possibilita que a população visite museus e instituições culturais de Goiânia e Aparecida de Goiânia gratuitamente e com mediação de especialistas. Previsto para ocorrer uma vez por mês, sempre aos sábados, entre 10 e 12 horas, o projeto tem uso de linguagem voltada para crianças, com dinâmicas lúdicas nas visitas mediadas, pensadas para estimular os pais a terem essa experiência junto com os filhos.

O Sábado Tem Museu é um dos projetos do aplicativo Fala Sério, desenvolvido pela CALÍOPE Projetos e Ações Patrimoniais. O app engloba outras oito iniciativas, incluindo mapeamento de 47 museus, instituições culturais e centros culturais de Goiânia e Aparecida de Goiânia, além de acesso virtual a 24 Tours 360º e mais de 105 museus do Brasil e do mundo.

Sobre a CALÍOPE

A CALÍOPE Projetos e Ações Patrimoniais atua em instituições e empresas de salvaguarda patrimonial e de difusão cultural, com ênfase em museus e centros culturais. Presta serviços de Gestão Museológica, Documentação, Conservação Preventiva, Expografia e Ação Educativo-cultural. A instituição tem como missão oferecer produtos e serviços por meio de projetos e ações inovadoras nas áreas de Patrimônio Cultural e Museologia, para a gestão e preservação do patrimônio cultural de forma ética, com qualidade e respeito às pessoas.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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