Segundo delegado Vaticano sabia das denúncias contra o padre Robson e aguardava a investigação para se posicionar

O Vaticano por meio de representantes da Ordem Redentorista já possuía conhecimento, e acompanhava as denúncias dos supostos desvios de dinheiro da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), então comandada pelo padre Robson de Oliveira, de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, antes de chegar à Polícia Civil e ao Ministério Público estadual.

O superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), delegado Alexandre Pinto Lourenço, foi quem repassou a informação. Ele apurou parte das denúncias, e participou de reunião em 2019 com representantes da ordem.

“Eles narraram que já tinham ciência e que estavam acompanhando as denúncias. Pelo que percebemos, eles tinham um conhecimento avançado da situação. Porém, não nos disseram se havia em curso alguma investigação interna pelo Vaticano”, declara o delegado.

De acordo com Lourenço, os possíveis atos ilegais praticados pelo padre com o dinheiro doado por fiéis do país inteiro chegaram ao Vaticano através de pessoas de dentro da igreja católica. 

O Ministério Público e a Polícia Civil apuram os  desvios de R$ 120 milhões para compra de imóveis de luxo, que não estavam ligados a atividade religiosa, entre eles uma fazenda no valor de R$ 6,3 milhões e uma casa na praia de Guarajuba, Bahia, no valor de R$ 3 milhões.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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