O Vaticano por meio de representantes da Ordem Redentorista já possuía conhecimento, e acompanhava as denúncias dos supostos desvios de dinheiro da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), então comandada pelo padre Robson de Oliveira, de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, antes de chegar à Polícia Civil e ao Ministério Público estadual.
O superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), delegado Alexandre Pinto Lourenço, foi quem repassou a informação. Ele apurou parte das denúncias, e participou de reunião em 2019 com representantes da ordem.
“Eles narraram que já tinham ciência e que estavam acompanhando as denúncias. Pelo que percebemos, eles tinham um conhecimento avançado da situação. Porém, não nos disseram se havia em curso alguma investigação interna pelo Vaticano”, declara o delegado.
De acordo com Lourenço, os possíveis atos ilegais praticados pelo padre com o dinheiro doado por fiéis do país inteiro chegaram ao Vaticano através de pessoas de dentro da igreja católica.
O Ministério Público e a Polícia Civil apuram os desvios de R$ 120 milhões para compra de imóveis de luxo, que não estavam ligados a atividade religiosa, entre eles uma fazenda no valor de R$ 6,3 milhões e uma casa na praia de Guarajuba, Bahia, no valor de R$ 3 milhões.
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