Servidores públicos foram encontrados, por investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, supervisionando uma obra na residência do governador afastado Wilson Witzel (PSC), segundo as investigações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) relata que existe indícios que neste caso, o governador utilizou recursos públicos para fins particulares.
A constatação foi feita durante o cumprimento de busca e apreensão na Operação Placebo, deflagrada no fim de maio, mirando pela primeira vez o governador. Um procurador, Sérgio Pinel, registrou nos autos a constatação.
“Certifico que, no dia 26/05/2020, durante o acompanhamento do cumprimento da medida de busca e apreensão, deferida nos autos do pedido de busca e apreensão criminal n. 27/DF, no endereço da residência particular do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson José Witzel, local em que supostamente também é endereço do escritório de advocacia de sua esposa, Helena Alves Brandão Witzel, na Rua (…), Rio de Janeiro, constatei que o imóvel estava em obras de reforma, com material de construção depositado na área externa. Identifiquei, ainda, que a obra possivelmente vem sendo acompanhada por servidores do Estado do Rio de Janeiro, sendo o possível coordenador da obra o servidor (…), e a possível arquiteta a servidora (…)”, declara o procurador.
A PGR informatizou que, “caso comprovada a utilização de servidores e bens públicos para custeio de obra privada do governador, além dos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, também estaremos diante do crime de peculato”, relata.
Os investigadores devem ouvir os servidores para esclarecer o assunto.