Última atualização 29/11/2023 | 17:28
A União Europeia divulgou na última quarta-feira,29, um relatório informando que as mulheres são os principais alvos de ataques na internet. Segundo dados da revista Veja, conteúdo com linguagem abusiva, assédio e incitamento sexual são alguns dos conteúdos das mensagens de ódio.
Realizada em quatro países (Bulgária, Alemanha, Itália e Suécia) no período de janeiro a junho de 2022, a pesquisa feita pela Agência dos Direitos Fundamentais do bloco europeu (FRA) analisou algumas redes sociais como o YouTube, Telegram, Reddit e X, antigo Twitter.
O método utilizado pela agência foi alertar os internautas a prestar atenção ás características dos usuários que propagam esse tipo de ódio, incluindo gênero e etnia. A Veja revelou que o documento comprova que o público feminino é o mais atacado nas redes sociais em todos os países incluídos na pesquisa.
Segundo a revista, as mulheres recebem quase o triplo de mensagens de ódio do que grupos como pessoas negras, ciganos ou judeos, as outras minorias que o relatório levantou.
“O grande volume de ódio que identificamos nas redes sociais mostra claramente que a União Europeia, os seus Estados membros e as plataformas online podem intensificar esforços para criar um espaço mais seguro para todos na internet”, disse o diretor da FRA, Michael O’ Flaherty.
Ainda segundo a Veja, o plano da União foi abrir investigações formais sobre as ações das redes sociais analisadas para remover o conteúdo prejudicial encontrado. O relatório mais recente da FRA pressionou as plataformas a combater os conteúdos ilegais no ambiente online.
A agência também deixou claro o risco de multa para as empresas caso ocorra descumprimento nas recomendações com base na Lei dos Serviços Digitais da União Europeia.