Seis morrem em acidente com barco que voltava de festa na Bahia

Um acidente de barco na baía de Todos-os-Santos em Madre de Deus, Região Metropolitana de Salvador, resultou na morte de pelo menos seis pessoas. Entre elas,  uma criança, três mulheres e um homem. Duas pessoas permanecem desaparecidas: Alice Maria, de 6 anos, e Vanderson de Queiroz, de 42 anos.

A embarcação “Gostosão FF” fazia o trajeto, transportando passageiros que retornavam de uma festa do evento Madre Verão, organizado pela prefeitura. Apesar de ter documentação em dia, a Marinha informou que realizava transporte irregular de passageiros, levantando a suspeita de excesso de pessoas a bordo.

Rosimeire Maria Souza Santana, de 59 anos, proprietária de uma quitanda local, e seu sobrinho Ryan de Souza Santos, de 22 anos, estão entre as vítimas identificadas. Entre as vítimas fatais também estão as amigas Flaviane Jesus dos Santos, de 29 anos, e Hayala dos Santos Conselho, de 32 anos.

Flaviane, operadora de caixa em um supermercado local, teve sua morte marcada por um cartaz de luto na frente do estabelecimento. O comandante do barco, pai de Flaviane, e seu neto Jonathan Miguel Santos, de 7 anos, também perderam a vida no naufrágio. Outra vítima identificada é Caroline Barbosa de Souza, de 17 anos.

Além dos seis mortos e dois desaparecidos, seis pessoas foram hospitalizadas, sendo duas já liberadas e quatro em unidades de terapia intensiva. O comandante da embarcação, também proprietário do saveiro, está foragido, tendo se apresentado à polícia inicialmente, mas fugindo em seguida.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, lamentou o ocorrido, prometendo esforços na busca pelos desaparecidos. O prefeito Dailton Filho afirmou que a gestão está mobilizada para apoiar as vítimas e familiares. Um inquérito será instaurado para apurar as causas do acidente, com suspeitas de briga entre passageiros alterando a estabilidade da embarcação.

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp