Enquanto a oposição se organiza, o campo bolsonarista em Goiás vive sua guerra civil particular. De um lado, o deputado federal Gustavo Gayer (PL), que se projeta nacionalmente com o discurso de extrema direita e já é cotado para o Senado. Do outro, o vereador Major Vitor Hugo (PL), que também se diz herdeiro político de Bolsonaro – e, nos corredores partidários, não disfarça: torce pela cassação do rival no TSE. A lógica é simples: com Gayer fora do jogo, a caminhada de Vitor Hugo rumo à candidatura ao Senado em 2026 ficaria muito mais livre. A disputa, travada em silêncio, mas com veneno, divide o PL local e expõe o cálculo cru que move a política: às vezes, a vitória de um depende mais da derrota do outro do que do próprio projeto. O pleito está longe, mas a faca já está na bota.