Senado aprova PEC Emergencial em 2º turno, texto segue para a Câmara

Nesta quinta-feira, 04, o Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) conhecida como PEC Emergencial. A PEC prevê protocolos de contenção de despesas públicas, além de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. O texto também propõe a volta do auxílio emergencial.

Os senadores aprovaram o texto-base por 62 votos a 14. No entanto, os  parlamentares rejeitaram um destaque, proposta de mudança no texto principal, apresentado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), que sugeria a retirada do trecho que estipula um limite de R$ 44 bilhões fora do teto de gastos para ser destinado às despesas com o auxílio emergencial.

Agora o segue para análise dos deputados. Conforme o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a maioria dos líderes estão de acordo com o rito acelerado e o texto deve ser votado diretamente no plenário, sem passar por comissões.

Auxílio emergencial

A proposta aprovada não fala sobre valores, duração ou condições para o novo auxílio emergencial. A matéria flexibiliza regras fiscais para a retomada do auxílio, fazendo que a  eventual retomada do auxílio não precise ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.

A PEC determina que as despesas com o novo programa serão previstas através da abertura de crédito extraordinário, a ser conduzido pelo governo para análise do Congresso.

 

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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