SES confirma 13 óbitos por dengue em Goiás

SES confirma 13 casos de óbito por dengue em Goiás

A Secretaria do Estado de Saúde em Goiás (SES-GO) confirmou no último sábado, 24, 13 mortes no estado por dengue, em 2024. O órgão confirmou, ao todo, 24.612 da doença desde o início do ano. Outras 68 mortes estão sob investigação.

O município de Anápolis, na região central goiana, foi quem mais registrou óbitos em Goiás. A cidade conta, até o momento, com 5 mortes causadas pela dengue confirmadas. Uruaçu aparece logo atrás, com três mortes até o momento. A contagem é completada com as cidades de Águas Lindas de Goiás, Luziânia, Goiânia, Iporá e Cristalina, com um óbito registrado em cada.

Em relação ao número de casos suspeitos, Goiânia lidera o grupo. Até o momento, a capital registrou 3.452 casos suspeitos de dengue, enquanto Anápolis registrou 3.277 e Aparecida de Goiânia 1.726.

Em 2023, o número de casos confirmados durante todo o ano foi de 69.173, sendo 123 mil notificações e 41 óbitos. Já nas primeiras sete semanas foram registrados 3.012 casos, enquanto em 2024 o estado reportou 7.318 casos. Em relação a internação, entre janeiro e fevereiro deste ano, os hospitais estaduais registraram 600. No mesmo período de 2023, o número era de 63.

Combate e alerta

Com aumento dos casos, mais de 100 municípios estão em situação de emergência. O Governo de Goiás instalou gabinetes de crise em 84 municípios goianos, com o objetivo de enfrentar o período de aumento de casos.

A Secretaria Municipal de Goiânia (SMS) divulgou medidas para o combate do mosquito Aedes Aegypti, causador da Dengue, Chikungunya e Zika. Entre elas estão a coleta de lixo no quintal, verificar se a caixa d´água está bem tampada, cobrir piscinas e cisternas, limpeza da bandeja externa da geladeira e cobrir bem todos os reservatórios de água.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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