Última atualização 20/04/2022 | 18:46
O auditor fiscal da Receita Estadual de Goiás que foi preso na segunda-feira (18), suspeito de falsificar documentos e cobrar para destruí-los durante fiscalizações da pasta, em Urutaí, sofre de dependência alcoólica. Além disso, mesmo antes da prisão o homem, de 46 anos, já vinha tendo problemas com o órgão devido ao baixo desempenho profissional, chegando a levar advertências por parte da secretaria. Ele se encontra afastado do cargo público enquanto correm as investigações da Polícia Civil (PC).
Em nota, a Secretária de Economia explicou que também investiga o caso na esfera administrativa, onde foi instaurado um processo disciplinar. O auditor é investigado pelos crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica.
O delegado responsável pelo caso, Caio Meneses, diz que os crimes ocorreram enquanto o homem atuava na Vara Criminal de Urutaí. Ele explica que o suspeito, atualmente lotado em Goiânia, inseria informações falsas durante as fiscalizações da pasta na cidade, a fim de cobrar propina para retirá-las.
Em nota, o Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Sindifisco-GO) afirmou que o crime praticado pelo homem é um caso isolado e que o suspeito deveria ter sido afastado pela pasta devido aos problemas com o alcoolismo.
Nota Sindifisco
A direção do Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Sindifisco-GO) tomou conhecimento da acusação de corrupção passiva e falsidade ideológica envolvendo um auditor fiscal da Secretaria de Economia e afirma que esta não é uma prática entre os integrantes da categoria.
A entidade sindical, bem como a Secretaria de Economia já tinham conhecimento que o referido servidor sofria de dependência ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tal fato já vinha acarretando em diversos problemas na vida pessoal e no desempenho profissional, culminando em advertências por parte da Secretaria e, na data de ontem, na prisão do Auditor-Fiscal sob acusação de corrupção passiva e falsidade ideológica.
O Sindifisco entende que a todo crime é devida sua punição, caso seja comprovado, mas, neste caso em especial, reforça que por conta do histórico de saúde, este profissional deveria ter sido afastado ou ter tido acompanhamento psicológico para exercer suas funções.
O Sindicato segue acompanhando os desdobramentos do caso e à disposição das autoridades.